Categoria: Jejum de Daniel

Pureza dos olhos

Se comer desse fruto, os seus olhos se abrirão…

Esta foi a promessa da serpente para Eva. Até então, os olhos humanos eram puros. Olhos que não conheciam o mal. Mas aquela proposta indecente, que chegou a Eva pelos ouvidos, contaminou seus olhos. Ela olhou para a mesma árvore de todos os dias, mas agora, o que viu foi diferente…

E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. (Gênesis 3.6-7)

O diabo distorceu a visão do ser humano. Toda a propaganda que ele fez daquele fruto se provou falsa. Os olhos foram abertos sim, mas para o mal e o engano, e não para a verdade. O fruto, que parecia tão desejável para dar entendimento, trouxe a infecção dos maus olhos, que, até hoje, atrapalha o entendimento humano. Principalmente, para as coisas de Deus. 

Muitos são os que começam bem na fé, têm a pureza no olhar para com as coisas sagradas… No primeiro amor, trabalham com sinceridade. Mas, aos poucos, permitem que palavras da serpente semeiem a malícia, distorcendo toda a realidade ao seu redor.

Enganados pelo mal, acham que seus olhos foram abertos, mas a infecção maligna se prepara para lançar a sua vida nas trevas.

A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! 

(Mateus 6.22-23)

Decidir limpar os olhos, e se submeter ao tratamento da obediência à verdade, sacrificando toda malícia, é necessário para restaurar os bons olhos e voltar à pureza da fé.

Aproveite a oportunidade que o Espírito Santo dá a você hoje para, por meio de uma decisão, trazer seu corpo, sua alma e toda a sua vida de volta à luz…

De volta ao paraíso.

 

PS. Este texto é do vídeo “Pureza dos olhos”, e fala de um erro que é muito comum e que nem sempre as pessoas percebem que estão cometendo. Porque depois de infectadas, têm muito a impressão de que o que elas estão vendo é a verdade. Mas não é.

PS2. Resolvi colocar no blog alguns textos dos vídeos, porque são assuntos importantes, em que gostaria que vocês meditassem, e sei lá se todo mundo viu os vídeos. Se não viu, aconselho que veja. O link está logo abaixo:

*Texto escrito para o vídeo “Pureza dos olhos”, da Caminhada da Fé de 14.11.2023. Clique aqui para assistir.

A história de Gideão – Final – Tragédia anunciada

Tragédia anunciada: (Juízes 8.33-35)

Assim que Gideão morre, os filhos de Israel voltam a adorar os falsos deuses, deixam Deus e não têm consideração para com os filhos de Gideão. Isso já era esperado, afinal de contas, em vida, ele permitiu que o povo direcionasse a ele a reverência que deveria ser somente de Deus.

Ou seja, ainda que tenham deixado o culto a outros deuses, eles acabaram se afastando de Deus e colocando sua confiança no homem, fazendo a vontade do diabo. Dessa forma, eram tão servos do diabo quanto quando se curvavam para Baal. Assim, quando ele morreu, continuaram seguindo ao seu senhor — o diabo — e voltaram ao que faziam antes.

E tudo o que Gideão tentou construir — sua descendência — foi destruída por suas próprias má escolhas, visto que seu filho Abimeleque matou os outros irmãos na tentativa de se tornar rei. Gideão fez o bem a Israel enquanto estava com Deus. A partir do momento em que decidiu seguir sua própria cabeça, não conseguiu fazer bem nem a si mesmo.

Isso nos ensina que a caminhada da fé não termina na troca de espírito. Ela não termina quando descemos o Altar. Ela não termina quando vencemos a guerra. Quando a guerra é ganha, precisamos triplicar a vigilância, porque desta vez o inimigo pode ser nosso próprio coração.

O diabo vai tentar usar tudo o que puder para nos tirar da fé depois da vitória, nos fazendo focar nas coisas deste mundo, nos tentando a absorver os elogios dos outros (quer sejam elogios sinceros, quer sejam lisonjas) ou nos fazendo achar que agora temos o direito de descansar.

Não há descanso nessa peleja. A vida é uma guerra, mesmo quando tudo parece em paz do lado de fora. Infelizmente, o final da história de Gideão é uma lição do que não se deve fazer, mas é possível entender o que ele deveria ter feito para acertar, e o que devemos fazer, em nossa vida, para evitar o laço em que ele caiu.

O segredo para não perder tudo o que conquistamos — e que ainda vamos conquistar — pela fé (principalmente a salvação) é colocar a Deus em primeiro lugar (a consciência de que somos os segundos), manter o temor (e a noção de que tudo vem dEle), reter a sinceridade e a obediência à vontade dEle, sem ceder às nossas, até o fim. Quem fizer isso, não erra.

 

Vanessa Lampert

Originalmente postado em: A história de Gideão – final.

Leia também: 

– A história de Gideão – parte 1

– A história de Gideão – parte 2

– A história de Gideão – parte 3

– A história de Gideão – parte 4

– A história de Gideão – parte 5

– A história de Gideão – parte 6

– A história de Gideão – parte 7 

– A história de Gideão – parte 8 

– A história de Gideão – parte 9

– A história de Gideão – parte 10

– A história de Gideão – parte 11

– A história de Gideão – parte 12 

– A história de Gideão – parte 13 

– A história de Gideão – parte 14 

– A história de Gideão – parte 15 

– A  história de Gideão – parte 16

– A  história de Gideão – parte 17

– A  história de Gideão – parte 18

– A  história de Gideão – parte 19

– A  história de Gideão – parte 20

– A  história de Gideão – parte 21

– A  história de Gideão – parte 22

– A  história de Gideão – parte 23

– A  história de Gideão – parte 24

– A  história de Gideão – parte 25

– A  história de Gideão – parte 26