Mês: julho 2010

Alien headphone

Pessoas entendendo errado o que eu digo, pessoas interpretando mal o que eu faço…em um nível tão ridículo, a tal ponto sem noção que eu não tenho a menor vontade de me justificar ou me defender. O que é bem diferente da reação que eu teria há alguns  anos.Hoje sei que as pessoas não são o problema. Elas não estão entendendo e nada do que eu disser, nenhuma explicação minha, nenhum argumento que eu usar vai fazer com que consigam entender. É como se tivesse um alien nos ouvidos delas, filtrando e distorcendo minhas palavras. Então eu fico quieta, não explico nada, “o justo não se justifica”.

Converso com Deus, explico para ele, sou bem sincera nessa conversa, entrego a situação e peço que Ele me defenda. Claro que não vou ficar passiva diante de qualquer ataque, existem ocasiões em que é necessário se defender, mas na maioria das vezes só traz desgaste e desvia o foco do que realmente deveríamos estar fazendo (trabalhando, estudando, buscando a Deus, sevindo a Deus, cuidando da família – dependendo do lugar onde acontece). Depois entrego cada um dos envolvidos nas mãos de Deus, pedindo para Ele  arrancar o alien das orelhas deles.

Não fico com problemas com as pessoas, ninguém em sã consciência gosta de ter um alien grotesco e semi-analfabeto pendurado nas orelhas. Ninguém em sã consciência gosta de ser injusto ou de distorcer as palavras de alguém ou de ver com maus olhos as atitudes de uma pessoa, pois isso faz mal, é negativo, traz consequências ruins. Se a criatura tivesse noção de tudo isso, não faria! Se faz é porque não tem noção, como é que eu vou ficar com raiva de uma pessoa que não tem noção do que faz? Isso não significa que eu não possa exigir respeito. Exijo, por onde eu for, porque da mesma forma procuro respeitar as pessoas. Mas não dá para dar espaço para o mal, não é mesmo? Tenho de aprender o valor do silêncio.

Dia da pizza

Diálogo ocorrido há quinze minutos:

Eu chego na sala, após ler isso no Twitter (com o delay de sempre), Dave está  deitado no sofá, assistindo TV:

– Amoor, sabia que hoje é o dia da Pizza?

– É? Dia da pizza?

– Pois é, e a gente nem ligou para ela para parabenizar. (sorrisinho de quem acredita que ele captou o recado da brincadeirinha infame)

– Não tem problema, amanhã a gente liga para ela.

… não desisto assim tão fácil:

– Mas ela não vai ficar chateada?

– Não, ela vai entender.


Isso é o que dá conviver com pizzas compreensivas. Em pleno dia da pizza, eu comi sanduíche de rúcula com tomate e ovo frito.


PS: Justiça seja feita: no início da noite ele me fez uma surpresa, trouxe uma torta mesclada da Bella Gulla (beijinho com brigadeiro…ou como se diz aqui no Sul: branquinho com negrinho…risos…). Mas isso me impede de querer uma pizza no final da noite?