Mês: maio 2012

Série Aprendendo a Dirigir

A série mais comentada de minha extinta coluna na Revista Paradoxo, “Aprendendo a Dirigir” recebe novos comentários e acessos até hoje. Só agora me dei conta de que seria uma boa ideia reunir todos os links em um só post, para facilitar a vida daqueles que querem ler toda a saga.  Divirtam-se:

Aprendendo a Dirigir I

Aprendendo a Dirigir II – o retorno à autoescola

Aprendendo a Dirigir III – persistir é o lema

Aprendendo a Dirigir IV – a saga continua

Aprendendo a Dirigir V- o império contra-ataca

Aprendendo a Dirigir VI – o examinador vive

Aprendendo a Dirigir VII – a batalha final

 

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Veja tem medo

veja*

Hoje a tag #Veja TemMedo esteve em primeiro lugar no Twitter por um tempo considerável. A revista atravessa seu pior momento. Sua face distorcida está sendo revelada à população pensante através de seus contatos injustificáveis com o bicheiro Carlos Cachoeira.

Não sou ingênua de pensar que Cachoeira era o único contraventor a plantar matérias na Veja. Estou certa de que não era o único e realmente torço para que toda a trama seja exposta e possamos descobrir quantos outros Cachoeiras estavam por trás das “denúncias bombásticas” e falsas feitas pela Veja não apenas sobre governo e política, mas sobre todos os outros assuntos.

Recentemente, Marco Antônio Araújo escreveu um artigo em seu blog¹, impressionado com o desespero de Civita ao encomendar um ataque a Edir Macedo menos de 24 horas após o Domingo Espetacular ter ido ao ar com denúncias sérias contra a revista Veja. O espanto de Marco Antônio não foi compartilhado por mim. Eu já esperava essa atitude. Civita fez o que Civita sempre faz.  Desde a compra da Rede Record, a Veja, movida pelos interesses da Globo (são a mesma coisa, e fazem as mesmas coisas, como todos sabemos), tem atacado o Bispo Edir Macedo e a Igreja Universal, na esperança de atingir a Rede Record, que anunciou desde o início sua intenção de brigar pela liderança (há vinte anos, o sbt, segundo lugar no Ibope na época, mantinha uma larga distância da então líder absoluta Rede Globo, sem a menor intenção de tomar o primeiro lugar. A ameaça era inédita).

Enquanto Veja, Globo & companhia limitada (entram aí a Folha de São Paulo e todo o PIG conhecido) moldavam o que o senso comum pensaria a respeito do proprietário da Rede Record, da IURD e dos membros da IURD (entre os quais me incluo há 12 anos, tendo minha inteligência insultada pela Veja durante todo esse tempo), grande parte do país acreditava que suas matérias eram verdadeiras. Pelos acordos com o governo tucano, a Editora Abril se julgava garantida.  Sua primeira grande derrota foi a eleição de Lula, apesar de esgotar seu estoque de capas e matérias sensacionalistas ao extremo. De lá para cá, a queda foi vertiginosa. Mesmo doando assinaturas a quem se cadastrasse e espalhando seus exemplares como quem não tem contas a pagar, a revista perdeu prestígio.

Claro, ainda existem aqueles que acreditam em tudo o que a Veja diz e creem, piamente, que não há o menor problema em um jornalista ter um bandido como fonte, mesmo diante das evidências de que não se tratava de uma fonte, mas de um semeador de notícias falsas. Também estes acreditam que não há problema em divulgar grampos cujos áudios jamais apareceram, nem entrevistar ex-funcionários, demitidos por justa causa, que falam mal de seus antigos patrões (sério? Me espantaria se falassem bem), nem em distorcer fatos para que pareçam ser o oposto do que realmente são.

Em um ato de desespero, a revista tentou manipular as últimas eleições – para variar – e se surpreendeu com a força da campanha na internet. Na época, uma reportagem em particular me indignou, sugeria que Lula imitava Fidel Castro e “provava” suas alegações utilizando a “lógica” de Veja. Para mostrar o quão absurda era a tal lógica, escrevi o seguinte post: https://www.vanessalampert.com/?p=820

Agora, no auge do escândalo Cachoeira, em que a Veja tem a cara-de-pau de tentar tirar o corpo fora, se fazendo de vítima, a internet volta a mostrar seu valor. Com a Record como a única emissora a ter coragem de enfrentar o partido a imprensa golpista, todos os canhões estão apontados para ela e para a mobilização feita via Twitter e blogs.  Desesperada, a revista cria o seguinte infográfico: http://veja.abril.com.br/multimidia/infograficos/fraude-no-twitter , tentando convencer seus leitores de que somos robôs, insetos (mania de insultar a inteligência alheia)… Veja pode espernear à vontade. Não há volta para o processo que se iniciou. A tag de hoje mostra que todo mundo já percebeu o que está acontecendo. Quem não deve, não teme. E Veja tem medo do que ela não pode mais controlar.

Vanessa Lampert

*Imagem: Arte do Capitão Óbvio em cima da capa de Veja, com o “detalhe” que ela esqueceu de incluir.

¹ Merece também destaque o outro artigo do Provocador, sobre Policarpo, em que ele cita Veja como “O Diário Oficial da Nova Inquisição, termo perfeito para a publicação.

PS: As always, aviso que os comentários são moderados, só serão aprovados depois de lidos por mim e quando vejo ofensas, nem leio. Digo isso porque leitores cegos de Veja não sabem respeitar opiniões contrárias.

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