Cartum_manual

Algumas coisas facilitam muito nossa vida. Uma delas é a decisão de renunciar à nossa vontade e/ou preguiça para fazer o que precisa ser feito. A outra coisa, que tem um pouco a ver com essa primeira, é ler rótulos e manuais de instruções. É sério. Você alcança um outro nível na vida se consegue entender o que está consumindo e como deve usar as coisas que tem.

Sinceramente, me espanta que alguém tenha coragem de tomar um remédio sem ler a bula, consumir algum produto sem ler o rótulo ou usar um dispositivo sem ler o manual. Esse é o básico. Avançando um pouco mais, não entendo como as pessoas conseguem não se interessar por entender como funciona seu organismo, mesmo tendo que abastecer e carregar seu corpo para lá e para cá, todos os dias. (Hoje, informações estão disponíveis na internet, mas quando eu era mais nova, pesquisava em enciclopédias e bibliotecas.)

Muitos nem arriscam ler e aprender por achar que não serão capazes de entender. Na primeira palavra difícil já desanimam e, para fugir da frustração, desistem. Esse é o caminho mais fácil, o caminho da preguiça. Mas se você parar diante da dificuldade, nunca irá além de onde já foi. Se alguém consegue entender, por que você não conseguiria?

Da mesma forma, temos à nossa disposição o Manual do Fabricante para uma vida feliz, ao nosso alcance há mais de três mil anos. Mas há quem nem se interesse por ele. Como se lê um manual de instruções? Você presta atenção a todos os detalhes. Se o manual diz: gire a chave B para ligar a funcionalidade Y, você não pensa: “será? Acho que não é bem assim, vou fazer do meu jeito”, nem fica questionando se tem méritos ou capacidade para executar o comando. Você sabe que se o fabricante escreveu aquilo, é porque é possível de ser executado. É porque é daquele jeito que a coisa deve ser. Você lê o manual com uma humildade totalmente racional, pois tem consciência de que o fabricante conhece melhor do que o usuário.

Você simplesmente obedece, segue a instrução, pois sabe que manuais funcionam na base da causa e consequência: faça x e alcançará y. Por que, então, com relação ao Manual do Fabricante da vida feliz as pessoas dificultam o que é simples? Dão o maior nó em uma coisa que é puramente causa e consequência, faça x e alcançará y, se quiser tal coisa, aja de tal maneira. Experimente ler as promessas bíblicas sob esse ponto de vista.

Está escrito nesse manual que se você cometer um erro e se arrepender (isto é, se tiver nojo do que fez e decidir nunca mais fazer), se confessar a Deus em oração, Ele perdoa e você se torna limpo novamente. É assim que funciona. Então, quando aparecer um pensamento de acusação, ele não irá atormentar você, pois não é coerente com aquilo que está escrito, logo, você jogará o pensamento nonsense no lixo, ainda que não se sinta merecedor do perdão. Você não merece, ninguém merece nada, mas graças à fofura de Deus, temos essa cláusula no Manual de Instruções e pronto, acabou. Se alguém achar ruim, que vá reclamar com quem escreveu a Bíblia.

Está escrito nesse manual que se você buscar a Deus com sinceridade, Ele se deixará achar. Então, da próxima vez que O buscar, se lembre disso e não haverá mais dúvida. Não importa se você vai sentir que Ele está ao seu lado ou se você não vai sentir nada (quando fui batizada com o Espírito Santo, não senti absolutamente nada. Para ser honesta, só fui perceber que estava diferente no dia seguinte). Você sabe que Ele está com você porque está escrito que se você O buscasse com sinceridade, Ele estaria.

Deus não está longe, Deus não está escondido em uma caverna no meio de um labirinto. A Bíblia não é um mapa complicado ou um jogo de adivinhações. As pessoas procuram um ritual que as aproxime de Deus, mas não há um ritual. Não há atalhos. É vida por vida. Você entrega a sua vida para Deus e recebe a vida dEle em você. O processo não é exterior, é interior.

“Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires.”

Deuteronômio 30.11-14

O sistema religioso nos levou a acreditar que a Palavra de Deus era difícil, que precisaríamos de intermediários, que tínhamos que depender de alguém. Viraram o manual de cabeça para baixo e tentaram nos convencer de que tudo era muito complicado. Mas Deus está dizendo aqui que é tudo muito mais simples do que parece e que só depende de você cumprir a sua parte do contrato.

Claro, não quer dizer que seja fácil aplicar. Mas só não é fácil aplicar porque exige sacrifício de nossas vontades e isso nem todo mundo quer fazer, porque, se o ser humano não fosse tão resistente a abrir mão de seus achismos e frescurites para obedecer a Deus, não teria dificuldade nenhuma. Se meditarmos no que Deus diz da maneira prática, atenta e desprovida de sentimentalismo que usamos para analisar um manual de instruções de um aparelho complexo, conseguimos nos desenvolver espiritualmente de uma maneira extraordinariamente rápida e eficiente. Que tal testar?

 “Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”

Lucas 11.9-13

#JejumdeDaniel #Dia14

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PS: A propósito, se você desenvolver o hábito de ler manuais, bulas, rótulos, enunciados e instruções em geral (xô, preguiça!), vai conseguir se sobressair absurdamente em praticamente todas as áreas neste mundo. Porque a maioria da humanidade hoje em dia é escrava da preguiça. Isso é assunto para outro post, mas achei importante dar essa dica. 😛

PS2: PARA QUEM VAI COMENTAR O POST: Amo receber comentários. Sou uma pequena criatura solitária que mora no alto de uma montanha em um planeta desabitado e fica bem felizinha quando recebe contatos de seres humanos vindos de terras longínquas. Carrego pedras com meus pequenos bracinhos o dia inteiro e escrevo para o blog quando estou quase desmaiando, então é sempre uma alegria saber que o esforço valeu a pena.

O que você precisa saber antes de escrever um comentário aqui: Quando você envia o comentário, ele aparentemente desaparece, mas não se desespere! Na verdade, ele vem para o meu e-mail, pois preciso aprovar todos os comentários antes de eles ficarem visíveis para a humanidade. Nem sempre consigo vê-los logo que os recebo, mas até o final do dia costumo ler e aprovar todos. Leio todos, embora nem sempre responda (desmaio depois de escrever para o blog, lembre-se).

O que não costumo aprovar: comentários ofensivos, agressivos, preconceituosos, comentários que mostrem claramente que a pessoa não leu o post antes de comentar e comentários de gente bêbada (incluindo aí crentes da seita dos adoradores de Benny Hinn e pseudo-ateístas que desligam o cérebro antes de comentar).

E se você não quiser comentar: Não tem o menor problema. Você pode perfeitamente entrar no blog, ler, vasculhar os arquivos, desenterrar posts antigos e saber toda a minha vida sem nunca ter falado comigo. Isso é bem esquisito, mas pode ter toda a certeza de que não julgarei você por esse comportamento. Na verdade, eu nem vou saber rs. E, enfim, entendo perfeitamente quem entra, lê e não comenta (quantas vezes já não fiz isso?). O importante é que os textos o ajudem de alguma maneira.

Fique à vontade! 🙂