Dia: 21 de agosto de 2017

Como aprender

arqueologia

Muitas pessoas (muitas, mesmo, independentemente de inteligência ou grau de escolaridade) foram alfabetizadas direitinho, mas nunca foram ensinadas a como ler e realmente entender o que leem. Se isso já é ruim quando se trata de aprender algo secular (não “decorar” para passar na prova, mas aprender, mesmo, para saber), muito pior se torna quando se trata de ler a Bíblia ou algum outro conteúdo espiritual.

Você provavelmente já ouviu dizer que a leitura Bíblica não deve ser uma leitura corrida, mas uma meditação pausada. Se realmente quiser entender e absorver qualquer leitura, o processo é semelhante. Seja um post do blog do Bispo, seja um livro da igreja ou um versículo Bíblico, é necessário ler pausadamente, pensar em cada palavra e na relação entre elas. O texto é uma corrente em que cada elo leva ao outro elo, nos conduzindo pelo raciocínio do autor até nos levar a uma conclusão lógica. Então, cada palavra importa. Cada frase se conecta à outra frase.

Falando especificamente da Bíblia, antes de começar a leitura, você deve pedir a Deus que o ajude a entender e a pensar sobre aquilo que vai ler. O rei Davi, que meditava dia e noite nesses ensinamentos, pedia a Ele o entendimento:

Faze-me entender o caminho dos Teus preceitos; assim falarei das Tuas maravilhas.

Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos Teus estatutos, e o guardá-lo-ei até o fim.

Dá-me entendimento, e guardarei a Tua lei, e observá-la-ei de todo o meu coração.” (Salmos 119.27;33-34)

Enquanto estiver lendo, preste atenção a tudo. Qualquer texto é comida para o espírito (alguns têm nutrientes, outros, não, mas nosso espírito ingere tudo o que a gente lê — então escolha bem suas leituras). Mastigue, lentamente, para sentir o sabor.

Se surgir algum questionamento durante a leitura, pense a respeito, use o fantástico equipamento que Deus colocou entre suas orelhas. Geralmente, o próprio texto traz a chave para o leitor compreender, seja observando a frase dentro do contexto, seja fazendo conexão com alguma outra parte que você conheça da Bíblia e que fale sobre o assunto…e às vezes a gente lê até o final e só então consegue entender melhor o início. Não é incomum ter de ler mais de uma vez um texto para melhor compreendê-lo.

E se encontrar alguma palavra desconhecida, não interrompa a leitura, só anote a palavra. No final, se não tiver um dicionário à mão, pode consultar nosso amigo Michaelis Online que ele costuma dar conta do recado. Sabendo o significado, releia a frase e veja se tinha entendido certo.

Se ao final da leitura você só tiver uma ideia geral e vaga do que foi dito, você provavelmente não passou do primeiro estágio de leitura. É importante entender o pensamento do autor, saber o que aquele texto realmente está dizendo, ter um olhar de investigador, de explorador, de profundo interesse.

Anotar os pontos mais importantes e o que você entendeu de cada um deles também ajuda. Algumas pessoas imprimem o texto para fazer marcações. É importante escavar, abrir, cortar, tirar pedaço, mastigar, separar as bolachas do recheio…

Arqueólogos, quando encontram um sítio arqueológico, não vêm com uma retroescavadeira arrancando pedaços gigantes do lugar para “terem uma ideia geral” do que tem ali. Não! Eles tiram pedacinho por pedacinho, usando uma colher de pedreiro, com uma lentidão quase irritante. Todo o trabalho é feito em etapas, com muita atenção e cuidado. Eles trabalham muito com um pincel e peneira, pois qualquer lasquinha de qualquer coisa pode ser muito mais importante do que parece à primeira vista.

É mais ou menos assim que deve ser a leitura de quem realmente quer descobrir um tesouro naquilo que lê. Caso contrário, a pessoa pode estar desperdiçando a oportunidade de se enriquecer. De repente, em todas as suas leituras bíblicas, você já passou pelas respostas que procura umas vinte vezes, mas nunca viu, pois não estava fazendo uma meditação minuciosa com peneira e pincel… Que tal começar a partir de agora?

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#JejumdeDaniel #Dia8

 

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Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel. Durante esses dias, os posts no blog serão voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

** Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .

Sobre Novo Nascimento

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O que mais tem nas igrejas é gente que não faz a menor ideia do que é nascer de Deus. Muitos acham que o fato de não fazerem o que faziam antes (não fumam mais, não bebem mais, não vão a baladas, não saem com várias pessoas, não usam drogas, etc. etc.) é indicativo de que nasceram de novo. Na verdade, mudança de hábitos qualquer um pode fazer, estando ou não em uma igreja.

Muitos acham que pelo muito fazer serão justificados. Então se preocupam com as doutrinas de sua religião e em aprender a como se parecer com alguém daquela religião (e aqui estou colocando todas as religiões no balaio, sim, mas falando mais especificamente da religião evangélica).

Ser religioso é fácil. Exige algum esforço, dependendo do quão complicadas são as doutrinas da igreja em questão. Nascer de novo é que não é fácil. Nascer de novo é se transformar em uma nova pessoa. Sua forma de pensar muda. Sua forma de entender o mundo, de enxergar as pessoas…seu caráter é corrigido, seus pensamentos são outros, suas prioridades são outras…

Para isso, você deve estar disposto a abrir mão da sua velha vida, da velha criatura, do velho modo de entender a vida e deixar Deus transformar seu interior. É quando você não suporta mais a sua vida, não suporta mais quem você é e decide morrer. Aí em vez de fazer uma coisa estúpida como se suicidar, você decide formatar sua vida. Apaga tudo e faz de novo, mas desta vez, da maneira certa.

É assim que pessoas aparentemente irrecuperáveis ganham uma nova chance e se transformam em cidadãos de bem. E pessoas que por fora pareciam pessoas de bem, mas por dentro eram terríveis, conseguem se livrar da vida de hipocrisia. Pessoas que mentem, que enganam, que qalimentam um gerador de dúvidas, que enganam a si mesmas, que querem levar vantagem, que distorcem o que ouvem e o que veem, que interpretam tudo de uma forma negativa, que falam mal dos outros, que são pessimistas, maldosas, temperamentais ou emotivas demais se tornam equilibradas, honestas, positivas, pacientes e otimistas. Não é mágica. É sacrifício.

Para se tornar uma nova criatura, a pessoa tem que pagar o preço. Caso contrário, só muda por fora. Negar a si mesmo às vezes é renunciar à sua vontade (ou mesmo ao seu direito) de avaliar uma a uma das dúvidas para ver se têm algum fundamento (enquanto você SABE que aquelas são dúvidas que vêm para minar sua fé). Negar a si mesmo também pode ser considerar a Palavra de Deus como verdade mesmo quando ela contraria os seus interesses. É fácil simplesmente mudar de hábitos. Não precisa de muito sacrifício, não. Não comparado a mudar a sua forma de pensar, de reagir, de encarar o mundo e de lidar com as outras pessoas.

É absolutamente necessário que esse novo nascimento aconteça, porque a única forma de deixar de ser apenas criatura de Deus e se tornar filho dEle é nascendo de Deus. Essa transformação interior é operada pelo próprio Espírito Santo, nos aproxima do caráter de Deus e nos garante tudo o que Ele reserva aos Seus filhos.

Eu demorei muito tempo para conseguir isso porque demorei muito tempo para querer isso e mais tempo ainda para perceber que precisava disso. É o problema de crescer como uma pessoa religiosa e achar que já está com Deus simplesmente por ir à igreja e decorar versículos. Quando eu percebi que precisava e decidi morrer para todas aquelas porcarias que tinha dentro de mim, não foi nenhum bicho de sete cabeças nascer de novo. O próprio Deus opera esse milagre.

Porque, pensa bem, se você morre dentro de você e seu corpo continua andando por aí sem você nascer de novo, temos o início do apocalipse zumbi. Um morto-vivo caminhando em busca de cérebros para comer… Então, não tem muita escolha. Se chegou o momento em que a ficha caiu, você olhou para dentro de si e abominou o que viu, resolve morrer para este mundo, entregando a sua vida para Deus, Deus faz a parte dEle. E é preciso se lembrar de que Deus existe e que Ele realmente faz o que diz que faz. Como diz a Bíblia, é necessário crer que Ele existe e que recompensa os que O buscam (Hebreus 11.6).

E a sua parte você também faz, é claro, renunciando à vontade de continuar sendo a mesma pessoa de antes, de pensar do mesmo jeito de antes, reagir do mesmo jeito de antes…se colocando à disposição de Deus para que Ele transforme você na pessoa que Ele quer que você seja. Fácil não é, mas é perfeitamente possível — e necessário.

 

#JejumdeDaniel #Dia7

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PS. Parte deste post já tinha sido publicada muitos séculos atrás, mas achei importante atualizar e republicar.

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Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel. Durante esses dias, os posts no blog serão voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

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