Quanto mais pensava, menos motivos achava para ter
Quando me casei, estava decidida a ter filhos. Seriam três, um atrás do outro, para que crescessem juntos. Não queria esperar muito, planejava engravidar no primeiro ano. O Davison, um pouco mais consciente do que eu, tinha noção do tamanho da responsabilidade de ter um filho, e queria esperar quatro anos. Conversamos e negociamos um prazo que, para mim, parecia mais equilibrado: dois anos.
Não foi preciso nem um ano para que eu me desse conta de que seria loucura ter um filho no início do casamento. Ganhei uma gatinha filhote da minha amiga Claudia Letti e na mesma semana buscamos o gatinho que tínhamos adotado da Andrea Lambert. A Ricota mal tinha três meses e o Tiggy, quatro. Lembrar de alimentar, limpar a caixa de areia, educar, tentar fazê-los me compreender…logo em seguida, eles ficaram doentes. Foi um corre corre atrás de veterinário, vai fazer exame, corre para a farmácia, a Ricota tomou vacina e teve reação, vomitou, ficou amuadinha…liga para a veterinária…um sufoco atrás do outro. Pensei: “estou assim por causa de um gato…e se fosse um bebê?” Assim como o filhote de gato, um bebê depende 100% da mãe, e não é ruim você parar a sua vida para se dedicar totalmente a uma criança, mas você tem de estar disposta a isso. Eu não estava.
Convivi com meus sobrinhos enquanto eram bebês. Pouco ou muito, passei um período com todos eles. Troquei fraldinhas, brinquei…amo crianças e elas costumam gostar muito de mim, também. Por isso muita gente me enche a paciência, dizendo que eu seria uma excelente mãe. Seria, sim, mas também criaria um alienígena, pois não desejo este muito para ninguém e sei que a tendência do nosso mundo é só piorar. Olhe ao redor. As crianças estão piores, os adolescentes estão piores, os adultos estão piores…a sociedade tem se enfiado em um caos que não tem mais volta.
Eu sou bem feliz porque finalmente encontrei uma direção para a minha vida, mas até chegar aqui foi uma luta terrível e tenho consciência de que a maioria das pessoas não consegue alcançar a paz que eu tenho hoje. A esmagadora maioria vive na angústia, na ansiedade, na depressão, à base de medicamentos, sem futuro, sem perspectiva, pensando em morrer por simplesmente não querer mais a vida que tem vivido, mas sem saber que é possível ter uma nova vida sem precisar encarar fisicamente a morte. Para que vou trazer outra pessoa a um mundo assim?
Alguém pode me dizer que eu tenho uma visão pessimista. Não tenho, não, eu sou até bastante otimista. Mas encaremos a realidade! Eu não tenho interesse em criar alguém que se adapte a este mundo. Eu não suportaria conviver com alguém que conseguisse ser adaptado a este mundo podre. Sem contar que ninguém antes de engravidar se prepara para o nascimento de uma criança excepcional, por exemplo, ou mesmo que tenha uma doença ou fique tetraplégico precisando de cuidados intensivos. Novamente, não que isso a desqualifique enquanto pessoa, mas a mãe tem de estar preparada para isso quando decide que ela virá ao mundo. Me lembro agora do lindo texto Bem-vindo à Holanda, que você pode ler no Autor Desconhecido, clique aqui para ler.
Aí a pessoa apela: mas e a vontade de Deus? Alguém me recitou: “Está escrito: Crescei e multiplicai” – ao que eu completei – “…e enchei a Terra. A Terra já está cheia, não precisamos mais nos multiplicar”. E é ridículo, você tem de ficar defendendo algo que diz respeito apenas a você. Eu não faço campanha para que as outras mulheres não tenham filho (embora realmente não ache nada inteligente continuar colocando gente em um mundo superpopuloso, enquanto  milhares de crianças são abandonadas pelos pais), se você quiser fechar os olhos para a realidade e ter seus filhos só porque eles são bonitinhos ou pela atenção que você recebe durante a gravidez, ou por razões emocionais, para sentir o tal “amor incondicional” (que se fosse tão incondicional assim, impediria tantas mães de jogar seus filhos nas latas de lixo) que seus hormônios prometem lhe dar, vá em frente.
Se você prefere achar que isso é vontade de Deus (só porque Ele fez os seres humanos com órgãos sexuais para que se reproduzam, se quiserem), que é destino, beleza, o problema é que não há quem me pergunte: “mas você não vai ter filhos?” que não tente me convencer de que eu devo, sim, ter e que vou me arrepender amargamente pelo resto de minha vida se não o fizer (fora o clássico comentário: “mas quem vai cuidar de você quando envelhecer?” como se filho fosse garantia de cuidado e companhia na velhice…). Não precisei pensar muito para ver que criar um ser humano é uma responsabilidade enorme e que eu não posso transferir para a babá, a empregada ou – pior – a televisão.
Também não precisei pensar muito para enxergar que as pessoas têm sua própria personalidade e que por melhor que eu crie alguém, não posso garantir que aquela pessoa irá assimilar a educação que dei. Se não fosse assim, não teríamos tantos filhos dando desgosto às suas mães, enquanto seus irmãos acabam se tornando gente decente. Ou seus irmãos são iguaizinhos a você? Seus tios são idênticos à sua mãe? Mesma criação, mas personalidades diferentes e -muitas vezes – caráter diferente, também.
Não precisei pensar muito para ver que eu não estava certa de que seria uma boa ideia trazer alguém para este mundo. Costumo dizer que gosto muito de meus filhos para permitir que venham ao mundo. O período em que passei evangelizando em favelas me fez ter ainda mais certeza de que ter filhos hoje em dia não deveria sequer ser uma opção. Vi lugares que são verdadeiras plantações de almas para o inferno. Jovens sem futuro morrendo cedo demais, mas não antes de fazerem um, dois ou mais filhos que terão o mesmo futuro sombrio pela frente. Mães com uma coleção de filhos, mas sem dinheiro para colocar um prato na mesa.
Acho engraçado quem tenta apelar para o lado emocional: “Ah, você diz isso porque não tem filhos”. Lógico, nem pretendo ter.  Ou “é um amor que você não vai encontrar em lugar nenhum, é um amor que eu nunca imaginei que existisse” Acredito nisso, mas eu não sinto falta. Não tenho esse vazio dentro de mim. Não me sobrou nenhum vazio. Então para que vou tentar preencher um vazio que não existe? Não faz sentido!
Para mim, aliás, ter filhos deveria ser uma ação totalmente altruísta. Não posso ter filhos buscando sentir um amor que não encontraria em nenhum lugar, ou para suprir um vazio que existisse em mim ou no relacionamento, isso não é justo! Não é justo usar uma pessoa, uma criança, para suprir uma carência. Não é justo e não vai funcionar, porque essa criança vai se desenvolver, crescer, ela precisa ser criada para ter vida própria, vai conhecer alguém, casar, ou mesmo sair de casa antes disso.
Vai querer formar sua própria família e em muitos casos passará semanas, meses ou anos sem te ver, ligando de vez em quando, e é saudável que seja assim. É errado você chorar e fazer chantagem emocional para que ela almoce em sua casa todos os domingos, por exemplo, ou tentar se intrometer nas escolhas dela.Um pai e uma mãe têm de ser suficientemente desprendidos para ver seus filhos fazendo escolhas erradas, não seguindo seus conselhos e quebrando a cara. Eu não estou disposta a isso. Assumo, admito, e deixo as figurinhas eternamente como poeirinhas cósmicas. No que depender de mim, ninguém nasce aqui, não.
E depois de sete anos de casamento, as pessoas bem que poderiam parar de fazer esse tipo de cobrança, mas acho que isso só acontecerá quando eu tiver idade para ser avó. Agora, tem aqueles que dizem: “ah, mas você tem 31 anos, se não tiver filhos, vai se arrepender mais tarde”. Mais tarde, quando, cara-pálida? Eu decidi isso com 24 anos, já tenho 31, se não me arrependi até agora, por que raios me arrependeria mais tarde?
Eu tenho muito mais motivos do que os que citei. Esses dias me lembrei de mais um! A coitada da criaturinha passaria ainda por uma eritroblastose fetal e por uma incompatibilidade ABO. Eu sou O negativo e meu marido é AB positivo. Quem sabe isso não seja um sinal dos céus de que realmente não deveríamos jamais pensar em gerar um descendente?

A decisão de não ter filhos

Vanessa Lampert

Quando me casei, estava decidida a ter filhos. Seriam três, um atrás do outro, para que crescessem juntos. Não queria esperar muito, planejava engravidar no primeiro ano. O Davison, um pouco mais consciente do que eu, tinha noção do tamanho da responsabilidade de ter um filho, e queria esperar quatro anos. Conversamos e negociamos um prazo que, para mim, parecia mais equilibrado: dois anos.

Não foi preciso nem um ano para que eu me desse conta de que seria loucura ter um filho no início do casamento. Ganhei uma gatinha filhote da minha amiga Claudia Letti e na mesma semana buscamos o gatinho que tínhamos adotado da Andrea Lambert. A Ricota mal tinha três meses e o Tiggy, quatro. Lembrar de alimentar, limpar a caixa de areia, educar, tentar fazê-los me compreender…logo em seguida, eles ficaram doentes. Foi um corre corre atrás de veterinário, vai fazer exame, corre para a farmácia, a Ricota tomou vacina e teve reação, vomitou, ficou amuadinha…liga para a veterinária…um sufoco atrás do outro. Pensei: “estou assim por causa de um gato…e se fosse um bebê?” Assim como o filhote de gato, um bebê depende 100% da mãe, e não é ruim você parar a sua vida para se dedicar totalmente a uma criança, mas você tem de estar disposta a isso. Eu não estava.

Convivi com meus sobrinhos enquanto eram bebês. Pouco ou muito, passei um período com todos eles. Troquei fraldinhas, brinquei…amo crianças e elas costumam gostar muito de mim, também. Por isso muita gente me enche a paciência, dizendo que eu seria uma excelente mãe. Seria, sim, mas também criaria um alienígena, pois não desejo este muito para ninguém e sei que a tendência do nosso mundo é só piorar. Olhe ao redor. As crianças estão piores, os adolescentes estão piores, os adultos estão piores…a sociedade tem se enfiado em um caos que não tem mais volta.

Eu sou bem feliz porque finalmente encontrei uma direção para a minha vida, mas até chegar aqui foi uma luta terrível e tenho consciência de que a maioria das pessoas não consegue alcançar a paz que eu tenho hoje. A esmagadora maioria vive na angústia, na ansiedade, na depressão, à base de medicamentos, sem futuro, sem perspectiva, pensando em morrer por simplesmente não querer mais a vida que tem vivido, mas sem saber que é possível ter uma nova vida sem precisar encarar fisicamente a morte. Para que vou trazer outra pessoa a um mundo assim?

Alguém pode me dizer que eu tenho uma visão pessimista. Não tenho, não, eu sou até bastante otimista. Mas encaremos a realidade! Eu não tenho interesse em criar alguém que se adapte a este mundo. Eu não suportaria conviver com alguém que conseguisse ser adaptado a este mundo podre. Sem contar que ninguém antes de engravidar se prepara para o nascimento de uma criança excepcional, por exemplo, ou mesmo que tenha uma doença ou fique tetraplégico precisando de cuidados intensivos. Novamente, não que isso a desqualifique enquanto pessoa, mas a mãe tem de estar preparada para isso quando decide que ela virá ao mundo. Me lembro agora do lindo texto Bem-vindo à Holanda, que você pode ler no Autor Desconhecido, clique aqui para ler.

Aí a pessoa apela: mas e a vontade de Deus? Alguém me recitou: “Está escrito: Crescei e multiplicai” – ao que eu completei – “…e enchei a Terra. A Terra já está cheia, não precisamos mais nos multiplicar”. E é ridículo, você tem de ficar defendendo algo que diz respeito à sua própria vida. Eu não faço campanha para que as outras mulheres não tenham filho (embora realmente não ache nada inteligente continuar colocando gente em um mundo superpopuloso, enquanto  milhares de crianças são abandonadas pelos pais),  se você quiser fechar os olhos para a realidade e ter seus filhos só porque eles são bonitinhos ou pela atenção que você recebe durante a gravidez, ou por razões emocionais, para sentir o tal “amor incondicional” (que se fosse tão incondicional assim, impediria tantas mães de jogar seus filhos nas latas de lixo) que seus hormônios prometem lhe dar, vá em frente.

Se você prefere achar que isso é vontade de Deus (só porque Ele fez os seres humanos com órgãos sexuais para que se reproduzam, se quiserem), que é destino, beleza, o problema é que não há quem me pergunte: “mas você não vai ter filhos?” que não tente me convencer de que eu devo, sim, ter e que vou me arrepender amargamente pelo resto de minha vida se não o fizer (fora o clássico comentário: “mas quem vai cuidar de você quando envelhecer?” como se filho fosse garantia de cuidado e companhia na velhice…). Não precisei pensar muito para ver que criar um ser humano é uma responsabilidade enorme e que eu não posso transferir para a babá, a empregada ou – pior – a televisão.

Também não precisei pensar muito para enxergar que as pessoas têm sua própria personalidade e que por melhor que eu crie alguém, não posso garantir que aquela pessoa irá assimilar a educação que dei. Se não fosse assim, não teríamos tantos filhos dando desgosto às suas mães, enquanto seus irmãos acabam se tornando gente decente. Ou seus irmãos são iguaizinhos a você? Seus tios são idênticos à sua mãe? Mesma criação, mas personalidades diferentes e -muitas vezes – caráter diferente, também.

Não precisei pensar muito para ver que eu não estava certa de que seria uma boa ideia trazer alguém para este mundo. Costumo dizer que gosto muito de meus filhos para permitir que venham ao mundo. O período em que passei evangelizando em favelas me fez ter ainda mais certeza de que ter filhos hoje em dia não deveria sequer ser uma opção. Vi lugares que são verdadeiras plantações de almas para o inferno. Jovens sem futuro morrendo cedo demais, mas não antes de fazerem um, dois ou mais filhos que terão o mesmo futuro sombrio pela frente. Mães com uma coleção de filhos, mas sem dinheiro para colocar um prato na mesa.

Acho engraçado quem tenta apelar para o lado emocional: “Ah, você diz isso porque não tem filhos”. Lógico, nem pretendo ter.  Ou “é um amor que você não vai encontrar em lugar nenhum, é um amor que eu nunca imaginei que existisse” Acredito nisso, mas eu não sinto falta. Não tenho esse vazio dentro de mim. Não me sobrou nenhum vazio. Então para que vou tentar preencher um vazio que não existe? Não faz sentido!

Para mim, aliás, ter filhos deveria ser uma ação totalmente altruísta. Não posso ter filhos buscando sentir um amor que não encontraria em nenhum lugar, ou para suprir um vazio que existisse em mim ou no relacionamento, isso não é justo! Não é justo usar uma pessoa, uma criança, para suprir uma carência.

Não é justo e não vai funcionar, porque essa criança vai se desenvolver, crescer, ela precisa ser criada para ter vida própria, vai conhecer alguém, casar, ou mesmo sair de casa antes disso. Vai querer formar sua própria família e em muitos casos passará semanas, meses ou anos sem te ver, ligando de vez em quando, e é saudável que seja assim. É errado você chorar e fazer chantagem emocional para que ela almoce em sua casa todos os domingos, por exemplo, ou tentar se intrometer nas escolhas dela.

Um pai e uma mãe têm de ser suficientemente desprendidos para ver seus filhos fazendo escolhas erradas, não seguindo seus conselhos e quebrando a cara. Eu não estou disposta a isso. Assumo, admito, e deixo as figurinhas eternamente como poeirinhas cósmicas. No que depender de mim, ninguém nasce aqui, não.

E depois de sete anos de casamento, as pessoas bem que poderiam parar de fazer esse tipo de cobrança, mas acho que isso só acontecerá quando eu tiver idade para ser avó. Agora, tem aqueles que dizem: “ah, mas você tem 31 anos, se não tiver filhos, vai se arrepender mais tarde”. Mais tarde, quando, cara-pálida? Eu decidi isso com 24 anos, já tenho 31, se não me arrependi até agora, por que raios me arrependeria mais tarde?

Eu tenho muito mais motivos do que os que citei. Esses dias me lembrei de mais um! A coitada da criaturinha passaria ainda por uma eritroblastose fetal e por uma incompatibilidade ABO. Eu sou O negativo e meu marido é AB positivo. Quem sabe isso não seja um sinal dos céus de que realmente não deveríamos jamais pensar em gerar um descendente? 🙂

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36 Comments on A decisão de não ter filhos

  1. Concordo totalmente! Acho egoista ter filhos num mundo desse tão ruim, competitivo e sem educação!!! Penso igualzinho a vc!!!!

  2. Adorei seu texto ! Tenho 40 anos e nenhuma vontade de ser mãe ! Pelos mesmos motivos ! Não, não me arrependo e não tenho vontade. Não devo nada para a sociedade, muito menos satisfação sobre a minha vida.

  3. Olá! Adorei seu texto, tipo lavei minha alma.. pq penso muuito sobre ter ou não filhos, penso muito parecido com você, sou casada e não sinto obrigação nenhuma de ter filho. As pessoas criticam, dizem que já passei dos 30 e tenho que “correr”, hehe.. Qdo uma mulher NÃO QUER ter filhos, ninguém acha que é pq ela é responsável e segura de bancar essa atitude, dizem que é porque não consegue engravidar.. O problema é que a maioria, realmente, tem filho para cumprir a tal obrigação e outras não têm peito mesmo de assumir uma escolha dessas.. É um assunto para se refletir muuito. Parabéns pela sua coragem. Vou postar esse texto no FB com os créditos, para outras mulheres poderem refletir também.. Abraços!!

  4. ufa! bom saber que não estou sozinha!
    Todo mundo me olha com horror quando digo que não quero ter filhos.
    E minha mãe disse que o meu egoísmo é tão grande e por isso não os quero.
    E que só um filho iria me curar disso…
    Isso cansa e dói…

  5. Muito bom esse texto!
    É como diz a própria Palavra de Deus: Deus nos deu domínio sobre todos os animais, mas não nos deu domínio sobre o ser humano.
    E vemos isso nas famílias mais ricas, que com toda a boa criação, ainda existem casos de jovens que se perderam nos vícios…
    Dentro da igreja, mesma coisa… Sou filha de pastor e acompanho de perto a dificuldade de filhos de pastores e obreiros de todas as denominações religiosas de se entregarem de fato ao Senhor Jesus.

    A verdade nua e crua é essa: não importa o quão boa é a nossa intenção ao gerar um filho, nós não podemos dominá-los! Eles vão crescer e escolher o que querem para suas vidas, mesmo que fossem presos em casa, sem acesso aos meios de comunicação.
    Se nos tempos de Noé a maioria da humanidade estava perdida (isso sem TV, internet…) imagine hoje?
    Eu amo tanto meus filhos que não permitirei que eles venham ao mundo =D
    Beijinhos, Lorena.

  6. Concordo com a sua opnião, eu não sou casada mas sempre que falo que não sei se gostaria de ter filhos um dia, as pessoas me olham como se fosse o fim do mundo.
    Eu costumo dizer que se um dia eu for mãe seria através da adoção, pois acho muito egoismo gerar uma criança só porque quer que ela tenha os seus olhos, ou lembre o pai.

  7. incrivel penso exatamente igual, ja fui muito criticada por não querer ter filhos, decidi isso com 22 anos e hoje tenho 36, todos diziam que iria me arrepender, só que a cada dia que passa dou graças a Deus por ter feito essa escolha.

  8. Concordo plenamente! Mas sempre que eu digo que não vou ter filhos, me olham como se eu fosse uma marciana.
    Sempre pensei assim, e ainda hoje com 34 anos contino solteira. Ainda não encontrei um homem que não fosse desesperado pra ser pai. Deve ser porque a árdua tarefa de educar um filho fique, na maioria das vezes, nas costas da mãe. O homem geralmente só pensa na parte boa (brincar, jogar videogame, festinhas de aniversário, etc.), não são nada realistas…

  9. Conoci tu blog por medio del blog de dona cris y ame este post pienso completamente igual!!!

  10. CONCORDO PLENAMENTE…PRINCIPALMENTE QUANTO A PARTE DAS SUAS EXPERIÊNCIAS NAS COMUNIDADES CARENTES…A MINHA VISÃO É EXATAMENTE IGUAL. TENHO VISTO AS MESMAS COISAS. SÓ QUEM TEM OLHOS ESPIRITUAIS CONSEGUE ENXERGAR ISSO.

    “O período em que passei evangelizando em favelas me fez ter ainda mais certeza de que ter filhos hoje em dia não deveria sequer ser uma opção. Vi lugares que são verdadeiras plantações de almas para o inferno. Jovens sem futuro morrendo cedo demais, mas não antes de fazerem um, dois ou mais filhos que terão o mesmo futuro sombrio pela frente. Mães com uma coleção de filhos, mas sem dinheiro para colocar um prato na mesa.”

  11. Concordo com tudo escrito e desde os 14 penso assim. Nunca me casei, mas se tivesse casado, não teria filhos. A menos que fosse a vontade de DEUS.

  12. Olá Vanessa!

    Finalmente encontrei alguém que pensa como eu!

    Casei aos 22, agora tenho 31 anos e não queremos ter filhos, por vezes até fugimos do assunto, para não ferir a sensibilidade do ouvinte, mas concluindo, tudo o que escreveu, assinamos em baixo!

    Agora que sei que não é nenhum pensamento insensível… vou sempre, mas sempre ser sincera.

    Realmente, por amar muito o meu filho(a) que nem permito que esteja neste mundo…

    Muito obrigada!

  13. Parabéns! Graças a Deus não sou a única que pensa assim,concordo.Excelente texto.
    Grande abraço.

  14. gostei do seu ponto de vista.Mais ter um filho é uma bençâo e realmente é um DESAFIO enorme,mais a palavra de DEUS não falha quando diz:Ensina a criança o caminho que se deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele.tenho um filho e isso tem se cumprido na vida dele´pois ele é uma benção.MAIS em primeiro lugar entreguei ele nas mãos do SENHOR JESUS.

  15. OLÁ,ATRAVÉS DO BLOG DA DNA CRIS,HJ CONHECI SEU BLOG E LI SEU POST E ME IDENTIFIQUEI MUITO,POIS TAMBÉM SOU CASADA A 4 ANOS TOTAL DE 07 ANOS ENTRE NAMORO E NOIVADO,E TENHO 23 E ELE 26.
    PENSAMOS IGUAL TAMBÉM POIS NESTE MUNDO PODRE E NOJENTO,CRIAR UM FILHO PRA DEUS É UM IMENSO DESAFIO,EU NÃO QUERO ME ARRISCAR AO VER VÁRIAS AMIGAS,QUE TEM FILHOS E HJ CHORAM POR TER DADO SEU MELHOR,MAS COMO A SENHORA COLOCOU EM SEU POST,ELES TAMBÉM TEM PERSONALIDADE PRÓPRIA E ESCOLHER O CAMINHO SÓ CABE A ELES,ADOREI MUITO BACANA SEU BLOG,UM BJO
    KARINA MORAES DE CAMPINAS-SP

  16. oiii Vanessa segunda vez que visito seu blog,tambem concordo com vc em cada palavra e ponto. Se todos parassem pra pensar em vez de usar do sentimento, a realidade poderia ser melhor.

  17. EU FUI MAE AOS 15 ANOS A VIDA DA MINHA FILHA QUE HJ ESTA COM DEZ SEMPRE FOI JOGADA PARA AS AVOS PORQUE SEMPRE QUIS SABER DA MINHA PROPRIA VIDA HJ ELA NAO QUER MORAR COMIGO SE SENTE DIVIDIDA UM PROBLEMA GOSTARIA QUE ELA VIESSE PRA MIM MORO EM OUTRO ESTADO E ELA EM C GRANDE /MS EU TENHO SAUDADES MAS FICO EM DUVIDAS SE SERIA UMA BOA MAE … MEU MARIDO (Qn É O PAI DELA ) TEM UMA FILHA TAMBEM MAS É LOUCO PARA TER UM FILHO COMIGO SO QUE EU NAO QUERO E ELE NAO ENTENDE MAS VOU DAR ESTE TEXTO PRA ELE LER POIS EU NAO SABERIA ME EXPLICAR MELHOR!!!! OBRIGADA !!!

  18. Vanessa,eu também concordo!Faz cinco anos que estou casada e tenho vinte e quatro,nem eu nem meu marido queremos filhos,por todos esses motivos que você escreveu e por muitos outros.Isso se chama amor e não egoísmo,como muitas pessoas dizem.

  19. Vanessa, você entrou na minha mente e tirou cada palavra que escreveu né?! Sem tirar nada, é exatamente o que eu penso em relação a ter filhos hoje em dia. Passo pelas mesmas coisas que você, pessoas perguntando se não vou ter filhos, e não adianta explicar, não entendem essas minhas razões, pensam exatamente como escreveu acima, e tem gente que ainda chega a falar de herdeiros, para quem deixarei minha herança? Como se isso fosse um problema! Esse ano farei 12 anos de casada, decidi não ter filhos desde o início e não me arrependo também, sou muito feliz assim. É muito bom saber que não estamos sozinhas no universo! É difícil encontrar pessoas que pensam como nós neste assunto.
    Beijos

    • Nossa gente vcs chamam isso de amor!!!
      Cada um tem sua opinião, vou expor a minha, se a MÃE de vocês pensasse da mesma forma, VOCES estariam aqui???

      • Ana Paula, resposta óbvia à sua pergunta: eu não estaria aqui e – sinceramente – não sentiria falta, afinal de contas, não teria nascido, não existiria e não teria consciência nenhuma. Minha opinião permanece a mesma. Como eu disse no texto, não desejo este mundo para ninguém. Amo viver, mas o mundo não é legal, as pessoas estão cada vez piores. Eu não tenho a menor vontade de ser mãe. Então não querer colocar outra pessoa neste mundo e em minha casa é, sim – no meu caso, pelo menos – um ato de amor e responsabilidade. Pense um pouco e entenderá.

      • Eu preferia não estar! E por amar de verdade o meu filho, prefiro que ele nem chegue a este mundo cruel e violento!!!!

  20. Nossa, eu tb tenho 31 anos e 7 anos de casada e não quero ter filhos,,,me reconheci muito em seu texto!

  21. Nossa, fiquei aqui me perguntando se não fui eu quem escreveu esse texto 🙂 Vanessa, penso exatamente como você e acho que é ótimo você expor aqui tudo que acontece com quem toma a “difícil” decisão de não ter filhos. Difícil pq uma pessoa tem que ser muito CORAJOSA pra “nadar contra a maré”. Muitas não conseguem esse feito e acabam sendo mães por imposição social e são um desastre. Eu, por exemplo, tenho umas recaídas, tanto que procurei no google um texto que falasse à respeito. Não tenho vontade de ser mãe hoje, já tive, mas às vezes me questiono se estou errada. Vejo crianças e suas mães e confesso que fico pensando: poxa, eu não poderia ser igual a elas? Colocar um filho no mundo e não medir tanto as consequencias.´
    Há um mês adotei uma gatinha (amo animais) e quando voltei da veterinária, senti um peso tão grande em cima dos meus ombros. Pensei: quanta responsabilidade, Senhor!
    Pensei em como é ter um filho e em como eu vejo tantas mulheres colocando filhos no mundo como se fossem coelhos. Nunca tive muita paciência com criança, mudei um pouco depois do nascimento da minha primeira sobrinha. Hoje tenho 4 sobrinhos que eu amo muito, mas não quero ter um filho, apesar de me sentir um peixe fora d´água na sociedade.
    Parabéns pelo texto!

  22. Olá, gostei muito do seu texto, é exatamente o que eu penso e é tão bom encontrarmos pessoas que pensam como a gente, porque não nos sentimos sozinhos. Estou casada há 8 anos e eu e meu esposo não queremos filhos e por vezes somos criticados, mas não importa estamos certo do que queremos para nossa vida!!!

  23. Oi Vanessa, ao contrário de voce ter filhos nunca esteve nos meus planos, e sempre que comentava isso todos falavam que quando me casasse meu marido iria querer e eu não teria alternativa, não tive esse problema, meu marido também não quer ter. Isso inclui nossa vontade propria e todos os motivos que voce enumerou, o que dói é ser tratada como alienígena pelas pessoas que acham que é necessário deixar uma “semente” neste mundo caótico.

  24. desde que eu me entendo por gente nunca quis ser mãe, ainda existe a cobrança por parte de algumas pessoas, mas bem menos, acho que finalmente entenderam minha opção de vida.

  25. Aos 30, 35 anos, esse texto poderia ter sido assinado por mim. Eu enumerava esses e mais alguns motivos para não ter filhos. Mas foi justamente o fato de ter tido uma gatinha que era como filha, que me fez acreditar que eu poderia querer ser mãe.

    E é essa, para mim, a única justificativa para se ter filhos, é a vontade de ser mãe/pai. Racionalmente não tem explicação, você nunca mais vai ter tempo para você, vai sair muito caro, você nunca mais vai dormir tranquila, ele vai odiar você depois que crescer, você vai ser responsável por tudo que der de errado (a culpa é sempre da mãe), o mundo é um horror, etc, etc.

    Mas aos 45 do segundo tempo, ou melhor, aos 40 anos de idade, eu tive uma filha. Porque eu quis ser mãe. É muito bom, é uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Mas tem que querer e não ter porque os outros acham isso ou aquilo. Não se justifique por não querer, isso só diz respeito a você.

  26. Olá, querida Vanessa!
    Saiba que vc não está só nesta decisão. Na minha opinião, já temos o grande trabalho e sacrifício de nos mantermos a salvo neste mundo louco. Trazer mais uma pessoa a ele é como ter que lutar duas vezes por um mesmo objetivo, sem garantia de que alcançaremos. Claro que quem não pensa assim (e eu respeito) deve achar esse papo meio doido e egoísta… Mas eu prefiro deixar meus ‘inúmeros’ filhos salvos dentro de mim mesma – o melhor lugar para se abrigarem (risos) – a ter de penalizá-los fazendo-os viver aqui. Eles não são obrigados a sofrer o que já sofri, por exemplo. Acho que só por isso já me considero uma grande mãe 🙂 Bjs

  27. Adorei o texto! E concordo plenamente com os argumentos… Acrescento que a minha decisão de não ter filhos foi muito mais motivada pelo fato de que eu não tenho o menor jeito e paciência do que por pensar no mundo tão cheio de problemas que já temos… Aprendi com meus 35 anos de vida que ser mãe é vocação pura e simplesmente. Ninguém é bom cantor, dançarino, ator, etc… se não tiver vocação para tal. Infelizmente o que mais vemos por aí são as ditas mães moscas-mortas que não dão nenhuma educação aos filhos, tornando-os monstrinhos em fase de crescimento e sabe por quê? Porque não tinham vocação nenhuma para serem boas mães… só deram a luz por capricho. Ser mãe assim é fácil… difícil é aturarmos esses filhos! rsrsrs Beijos a todas!

  28. Já postei no meu blog e concordo totalmente, já dei minha opinião lá também. Não quero mais nenhum! Ter um filho é algo muito sério e nada fácil.
    Bjs, saudades, se cuida aí.

  29. Oi querida, amei seu texto.

    Mas devo confessar que me aborrece muito te ver escrevendo sobre uma coisa que, na minha opinião, você não deveria dar explicação alguma.

    Afinal se trata de uma opinião e decisão pessoal sua e do Davison. E, a rigor, só a vocês interessa. Mas entendo que muitas pessoas têm dificuldade em compreender isso, não entendem o mundo e como este mudou. E, principalmente – e infelizmente – não conseguem aceitar o pensamento diferente do seu próprio, não respeitam escolhas e decisões alheias.

    Mas esse é o mundo!

    Aliás, não vejo problema algum em alguém não querer filhos – apesar de eu ter uma ótima experiência nessa área 😀 – mas não acho que todo mundo seja “obrigado” a pensar como eu, a ter um ou mais filhos. Creio mesmo que Deus deu a cada um liberdade plena de escolher entre ter ou não – principalmente a partir do momento que o “multiplicai-vos e enchei a terra” passou do ponto, rsrsrs – e isso não vem a desmerecer nem quem opta por ter, nem quem opta por não ter.

    Cada um tem um pensamento, uma escolha e acho que as pessoas deviam ser mais “treinadas” – “adestradas” mesmo – para respeitar a decisão do outro, mesmo que diversa da sua. E esse deve ser o nosso empenho nesse mundo, rsrsrsrs.

    Mesmo assim, fica o registro da minha opinião e meu apoio a vcs. Bjs e saudades.

  30. Amei !!! Sou casada a 7 anos, tenho 36 e jamais terei filhos por motivos semelhantes. Posso colocar no FB? Claro que com os créditos…

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