bjo.sacada

Ganhei de meu marido, no primeiro ano de casamento, o livro  “Cartas de amor a Heloísa”, com correspondências de Graciliano Ramos à sua então noiva, com quem logo se casou.  Muitos de vocês, que me acompanham desde os blogs anteriores, conhecem esse trecho específico, pois já o postei outras vezes. Hoje me lembrei dele. Não gosto de todas as cartas desse livro, mas esse trecho me chamou a atenção. Ele diz que não entende o ciúme dela e ao tentar afastar a insegurança da noiva, não só diz que ela é a única em sua vida, mas explica exatamente como:

“Tenho observado nestes últimos tempos um fenômeno estranho: as mulheres morreram. Creio que houve epidemia entre elas. Depois de dezembro foram desaparecendo, desaparecendo, e agora não há nenhuma. Vejo, é verdade, pessoas vestidas de saias pelas ruas, mas tenho certeza de que não são mulheres. (…) Morreram todas. E aí está explicada a razão por que tenho tanto apego à única sobrevivente” (Graciliano Ramos – “Cartas de amor a Heloísa”)

Para mim, é o resumo da maneira que o verdadeiro amor nos faz enxergar. Assim devem ser os seus olhos para as outras pessoas do sexo oposto. Dedicar-se àquela a quem você escolheu e alimentar o que existe entre vocês é pré-requisito para um relacionamento feliz. Um relacionamento deve ter um objetivo. Não vale a pena brincar com algo tão sério e namorar por namorar, ou agir como se fosse solteiro enquanto se está casado. Cuide do que você tem, determine que será para a vida toda e trabalhe para isso.  É o que eu vivo e é o que você também pode viver.

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1 Comment on A única sobrevivente

  1. Muito Profundo, estou Pensativa até agora, que Lindo!!! Maravilhosa Observação sua Vanessa, bjus

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