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Alguns estão lutando contra a ansiedade para receber o Espírito Santo porque já é o décimo oitavo dia do Jejum de Daniel e, como todos sabem, depois do décimo oitavo vem o décimo nono e depois o vigésimo e depois o vigésimo primeiro, quando acaba o Jejum e aimeuDeusseeunãoreceberoEspíritoSantoatéláoquevaiserdemim? Vamos usar a cabeça? E daí que faltam três, dois ou um dia para o término do Jejum? Deus não precisa de um dia inteiro para fazer o que Ele quer fazer na sua vida.

Entenda uma coisa: ansiedade é irmã do medo e da dúvida. Quando você fica se perguntando por que ainda não recebeu o Espírito Santo, já que parece tão pronto para receber, está, na verdade, com medo de não receber. E está com medo de não receber porque não crê na Palavra que diz que receberia. Não se recebe o Espírito Santo sem fé.

Vamos falar um pouquinho sobre fé e sobre quando eu me dei conta de algo que parece óbvio para muita gente, mas que eu nunca tinha percebido. Estava ouvindo a Palavra Amiga do Bispo Macedo na rádio, me sentindo ainda um pouco angustiada, com um milhão de gremlins falando na minha cabeça e eu tendo que afastá-los como quem afasta moscas.

Na verdade, meus medos é que os alimentavam e parecia difícil me livrar deles (é claro, se você acredita na sensação de que é difícil, fica difícil. Se acredita na sensação de que é impossível, se torna impossível. É você que materializa aquilo que crê. Se acredita que é possível, mesmo sentindo o contrário, se torna possível).

E eu estava há um tempão falando com Deus, reclamando com Ele, pedindo, clamando, enchendo Sua santa paciência com meus pedidos e perguntas. Então, resolvi parar e prestar atenção ao que o Bispo dizia, como se estivesse ouvindo as palavras do próprio Deus. Conscientemente, me forcei a entendê-las com essa seriedade e atenção.

Então, ele começou a orar. No final da oração, disse: “seja livre, em o Nome do Senhor Jesus. Seja livre!” olha, a ficha caiu de tal forma que fez até barulho. Ele estava me dizendo para ser livre. Então, eu estava livre. Naquele momento, eu tinha que ter certeza de que estava livre. Como se alguém tivesse aberto a fechadura daquela cela cheia de gremlins e me dissesse: “seja livre, Vanessa, pode sair”.

Como você pensaria, se sentiria e agiria se visse essa cena: você, preso em uma cela cheia de gremlins (visualize isso rs), insuportavelmente subindo pelas suas pernas, se empoleirando no seu ombro, querendo deitar na sua cabeça e babar no seu nariz (eca). Então, finalmente alguém joga uma fumaça paralisadora de gremlins, destranca a porta da cela e diz: “Seja livre!”. Como você pensaria, se sentiria e agiria? Como se sentiria ao sair da cela e ver que os gremlins ficaram lá? Então, transporte esse estado de espírito para o momento em que o pastor disser: “seja livre!”. Porque ele não está dizendo nada mais do que a Bíblia já disse. É a Verdade.

Entendi que estava realmente livre e o alívio veio não por ter me sentido livre, mas por ter entendido que estava livre. Depois que entendi, que saí da cela, me senti livre. O sentimento ou a sensação vêm depois e não são parâmetro para você confirmar se recebeu ou não. Eles são consequência (quando recebi o Espírito Santo, por exemplo, só fui perceber alguma coisa no dia seguinte!).

Aí me dei conta de que até então vinha ouvindo errado as orações dos pastores e dos bispos. Quando o Bispo dizia: “receba a paz”, por exemplo, ou “receba o Espírito Santo”, eu pensava: “amém, tá ligado”, como se ele tivesse só expressado um desejo ou dito que um dia eu ia receber a paz. Ou até dizia “recebo”, mas ficava pensando no que eu deveria fazer para tomar posse daquela palavra. Não entendia nada rs.

Essa era uma reação automática treinada por anos e anos de religião cristã. A gente se treina a fingir que acredita e realmente acredita que acredita. Não para pra pensar que é o resultado que prova se a gente acredita ou não.

Mas depois dessa “revelação”, entendi: e se ele estivesse me entregando algo físico, como um copo d’água, e me dissesse, estendendo o copo: “receba esse copo d’água”, como eu ouviria isso? O que sentiria, o que pensaria e o que faria?  Com certeza eu não diria: “amém! Eu recebo!”, pensando em como “tomar posse” daquele copo. Também não ficaria pensando “será que ele quer mesmo me dar essa água?” “será que eu mereço receber essa água?” “quando será que ele vai me dar essa água?”… Eu simplesmente estenderia a mão, pegaria e agradeceria. E, claro, beberia a água.

Visualize isso. Pense em como receberia um copo d’água que o pastor lhe desse. Perceba como é a reação automática do nosso corpo, alma e espírito quando realmente cremos que estamos recebendo algo. Reagimos sem dúvida e sem medo porque temos fé (nesse caso, fé natural, pois estamos vendo) de que realmente estamos recebendo.

Eu achava que estava crendo, mas, na verdade, não estava, por isso deixava entrar o medo e a dúvida. Então, fiz um trabalho de reprogramação da minha mente, que já estava viciada naquele programa mental religioso. Eu precisava substituir aquilo pela fé prática e real que havia aprendido.

É claro que eu não tinha como fazer isso sozinha, pedi a Deus que me ajudasse a desinstalar o programa errado e reinstalar o programa certo. E fiz minha parte. Eu sabia que quando o bispo dizia para eu receber algo que a Bíblia já tinha me garantido o direito de receber, ele estava usando a autoridade dele para, de fato, me dar aquilo.

Então precisei entender como uma pessoa de fato recebe alguma coisa (física) que alguém dá. Visualizei isso, mesmo (eu digo “visualizar”, mas eu não vejo imagens na minha mente. Minha forma de visualizar é me transportar para a situação com todos os meus sentidos e pensamentos) para trazer aquela mesma reação sempre que ouvisse algum pastor me abençoar.

Todo esse processo não demorou muito. A ficha caiu na hora da oração durante o programa de rádio e, depois, em outra ocasião, demorou o tempo do trajeto de ônibus entre a igreja e minha casa em Porto Alegre (uns 15 ou 20 minutos, talvez) para entender exatamente como eu agiria se realmente cresse no que estava pedindo a Deus. Depois disso, foi só exercitar dia a dia o que aprendi até que se tornasse natural.

Não importa se você sente ou não sente que vai receber. Não importa o que sente ou deixa de sentir. Você sabe que Deus prometeu o Espírito Santo e sabe que tem se preparado para receber (com arrependimento sincero, renúncia dos pecados, entrega da sua vida, buscando conhecê-LO mais e aprendendo a agradar a Ele). Então, você vai receber.

Se você pede alguma coisa a alguém de extrema confiança (e que tem uma memória perfeita) e que nunca mente e essa pessoa promete que vai dar, se não recebe imediatamente, você não fica ansioso ou com medo de não receber. Você sabe que, cedo ou tarde vai receber. Porque essa pessoa não precisava ter prometido, mas prometeu. É assim com o Espírito Santo. Você sabe que Ele prometeu, então espera, sabendo que vai receber. Enquanto isso, você vai trabalhando na sua intimidade com Deus, aprendendo como agradar a Ele, ouvindo a praticando. Continua se preparando para receber, como Ele orientou.

Talvez toda essa explicação pareça absurda ou desnecessária para algumas pessoas, mas para mim foi essencial aprender isso. Sei que tem gente que chega na igreja, já se lança e pratica as coisas de forma natural e sempre quis ser uma delas. Mas a vantagem de ter que aprender as coisas assim, de uma forma racional, é que depois que pega a prática e substitui os pensamentos tortos pelos organizadinhos, você nunca mais esquece.

PS: E, como sempre, sem drama. Entendeu que faz errado? Comece a fazer certo. E vai dar certo. 🙂

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 Update:  Depois de escrever este post, vi no Facebook o vídeo da reunião da noite de hoje nos EUA. Se eu fosse você, ouviria essa palavra com atenção até o final, pois tem tudo a ver.  Clique aqui para acessar o vídeo.

 
#JejumdeDaniel  #Dia 18
 

* Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel. Durante esses dias, os posts no blog serão voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

** Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .

5 Comments on O que a gente faz quando realmente crê

  1. Olá Vanessa!

    Sobre o que falou nesse post foi o que aconteceu comigo, eu estava nessa busca de um recomeço de uma vida com Deus, precisava encontra-lo porém não conseguia usar a fé e queria sentir e sentir, os maus pensamentos vinham e eu alimentava cada um como se fossem verdade, até que eu entendi que nunca mereceria o Espírito Santo, afinal ninguém merece, mas por ser uma promessa eu receberia por uma questão de crer e sem importar o dia e nem a hora, eu procurei agradar a Deus, e buscá-Lo com sinceridade, então recebi assim num dia posso dizer incomum na igreja o bispo disse “Receba o Espírito Santo, ai onde você está” E Ele veio, como sempre vem quando o pastor fala, mas a diferença estava em eu receber e aceitar Ele em mim, não foi um momento de emoção, mas de Fé, de rejeitar o gremlin.

  2. Oiii…Faz pouco tempo que visito assiduamente seu blog (ainda mais que estamos no Jejum de Daniel).
    Não lembro se foi da senhora que li uma vez sobre novo nascimento ou de outro blog. Mas uma questão que sempre vem na minha mente é sobre o novo nascimento, tipo como aconteceu com a senhora? Eu sei que o novo nascimento é o Espírito Santo que faz acontecer, tornando a pessoa filha de Deus. Só que sempre ouço pessoas tentando contar do seu novo nascimento (de uma maneira confusa, que me faz acreditar que novo nascimento é o mesmo que batismo com o Espírito Santo-mas sei que são duas coisas diferentes- então isso me deixa confusa).
    Mudanças de hábitos, matando a velha criatura, faz o Espírito Santo gerar a nova criatura. Okay, mas pelo tudo que já li e ouvi parece que o batismo no Espírito Santo é o novo nascimento, pois é no batismo que uma nova pessoa surge com novos hábitos. Além disso, na bíblia não lembro de Jesus dizendo que novo nascimento e o batismo são diferentes.
    Por favor, me esclarece isso, já perguntei sobre isso muitas vezes as pessoas devem estar saturadas de mim kkk. Bjuss, amo seu modo de escrever (direta e engraçada )

    • Tenho essa mesma dúvida da Andressa. Poderia nos esclarecer?.

      Ps: Adoro o jeito como a senhora aborda alguns temas aqui no blog.
      Obrigada.

  3. Ainda estou trabalhando pra entender o que isso significa. De fato os gremlins e a ansiedade uni forças nesses últimos dias, bem, os gremlins já não tem tanta moral mas são desgraçados por que querem até destorcer a palavra do bispo. A ansiedade pra mim são como amplificadores da voz do gremlim. As buscas de 20 min duram 5min, pq nada acontece.

    Fui surpreendida por 2Cor 3:18 “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.”

    Assim entendi que sempre que nos colocamos na presença do Deus vivo, somos transformados, não dá pra ver nem sentir mas acontece , tento combater os gremlins amplificados com essa Verdade. Fico tentando imaginar Jesus vem e me ouve mas não passa disso.

  4. Incrível, eu tbm já parei pra pensar nisso.Exatamente isso.E tbm ouvindo o Bispo.
    E hj tava pensando,que nem todo mundo fala desses assuntos, isso pq não passaram por isso. Nao sabem o que é , pois,como vc disse:”tem gente que chega na igreja, já se lança e pratica as coisas de forma natural “, Mas uma pessoa que passou vai poder ajudar muita gente.Como vc, s tivesse sido uma dessas pessoas que se lançam de forma natural, não teria condições de nos ajudar agora.
    Outra coisa que eu tva pensando é:como que uma pessoa que está no inicio na igreja, v aquilo que o pr fala?Se ele diz:”Seja livre em nome de Jesus!”ela crer .ela visualiza.Nao existe possibilidade de nao tem duvida>
    PS.Vc acaba de me ajudar a lembrar mais um dos passos que eu rasguei rs
    Obg!

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