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Quando falamos que fé não é sentimento, não estamos pregando uma fé psicopata, que passa por cima dos outros e não sente nada. Quando falamos que fé não é sentimento estamos defendendo uma fé que não tem sua base sobre os sentidos naturais.

A fé baseada em sentimento (fé emotiva) depende de estar se sentindo bem para estar bem. Depende que as circunstâncias (que chegam até ela pelos sentidos) estejam favoráveis ou que um “irmão” da igreja dê uma profecia (ou seja, depende de ouvir) para que possa crer. A pessoa que anda pela fé emotiva tem uma ideia muito errada da realidade.

Conheci uma mulher de muita fé, membro de uma outra denominação evangélica. Ela tinha vários testemunhos de coisas extraordinárias que Deus fez em sua vida ou através dela na vida dos outros. O problema é que ela só conseguia ter essa fé inabalável quando recebia uma profecia de algum profeta da igreja dela (sabe aquele pessoal que imposta a voz e diz com sotaque de divindade: “meu seeeervo”…? Pois é). Resultado: ficou viciada em profecia. Conhecia a Bíblia, dizia acreditar, mas a Palavra de Deus tinha menos força dentro dela do que a palavra de um homem que dizia falar por Deus.

Quando ela precisou da fé para si, não encontrou, pois dependia dos seus ouvidos físicos para decidir em que acreditar. Não ouviu profecia pessoal, mas ouviu palavra de morte dos médicos. Confessou para nós que não conseguia manter a fé enquanto via, ouvia e sentia o contrário. Não era de se espantar. A fé que se baseia nos sentidos físicos é fraca, volúvel — exatamente como os nossos sentimentos.

Mesmo que você não acredite em profecias revelatórias, muitas vezes fica esperando que as situações estejam favoráveis para crer. Se acontece algo contrário ao que você queria, já se desespera. Soube de gente que desistiu da fé porque ficou doente e, por não ter visto melhora dos sintomas nas correntes de oração, já concluiu que Deus não estava com ela, que nada do que ela pudesse fazer resolveria o problema e começou a enfraquecer na fé.

‪A fé precisa se desconectar do sentimento para se transformar naquilo que foi criada para ser: a convicção dos fatos que não se veem. Muitas vezes temos que continuar convictos mesmo vendo e sentindo o contrário. Por exemplo,crer que vai dar certo mesmo sentindo medo de falhar.‬

E a fé consciente, que não se baseia no que sentimos, tem que se basear em alguma outra coisa muito mais estável e garantida: naquilo que está escrito na Bíblia. Este é o fundamento sobre o qual construímos nossa vida: a Palavra de Deus, que, ao contrário dos nossos sentimentos, não muda, não mente, não erra e nunca se contradiz. A fé que se baseia nessa Palavra não vê impossíveis. Ela nos impulsiona adiante pelo caminho mesmo nos momentos mais difíceis. E é por meio dela que alcançamos aquilo que jamais imaginamos viver. 

#JejumdeDaniel

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Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel, de 6 a 26 de agosto. Durante esses dias, os posts no blog serão voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

** Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .

5 Comments on A fé desconectada do sentimento

  1. Oi Vanessa! Sou um leitor assíduo seu, mas confesso que fazia algum tempo que eu não vinha aqui, já que você tmb estava ausente por algum tempo, devido aos problemas de saúde aos quais vc discorre nos seus últimos posts. Enfim, eu tmb estou passando por problema de saúde e resolvi vir aqui buscar uma palavra de força, e esse post caiu como uma luva na minha mente, principalmente essa parte: “Soube de gente que desistiu da fé porque ficou doente e, por não ter visto melhora dos sintomas nas correntes de oração, já concluiu que Deus não estava com ela, que nada do que ela pudesse fazer resolveria o problema e começou a enfraquecer na fé”. Essa parte mexeu comigo pois é justamente o que vem acontecendo comigo. Você, porém, vejo que vive o que prega, pois lida com seu problema com esse tipo de fé sem sentimento mencionado nesse texto.
    Eu louvo e agradeço a Deus por sua vida, por esse post que me trouxe esperança e força e peço a Deus que assim como eu, vc tmb fique curada para glorificarmos o nome Dele.
    Deus abençõe!

  2. Olá Vanessa!
    Já faz um tempo que eu queria deixar aqui o meu comentário no seu blog. De vez em quando é bom recebermos um elogio do que fazemos, para que possamos continuar fazendo mais. Continue sempre postando seus textos(amo ler). Além de serem inteligentes, são cheios de sabedoria. E que Deus continue lhe dando ainda mais (Sabedoria), para encher esse blog de mensagens que edificam. Um grande abraço!

  3. Olha, muito bacana! Principalmente ali quando você diz a reação da mulher à palavra do médico. É verdade, a fé emotiva é muito frágil, porque sentir é muito fácil, quase qualquer coisa faz com que sintamos algo. É como as ondas do mar; imagina uma pessoa que põe fé em tudo que sente, que loucura de vida! kk. Uma palavra mais forte, um cenário mais colorido já é suficiente para influenciar um emotivo.
    Lembrei daquela passagem que fala de Jesus “e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura”; só olhar para o nosso manual de vida e veremos que a fé, que Deus é objetivo, nada que se apegue demais ao visível, ao sensorial.

  4. Essas postagens durante o Jejum de Daniel são excelentes! Já fico na expectativa para a leitura de amanhã. Grande abraço!

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