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Eu não sei exatamente o que passa pela cabeça de quem ouve esse nome pela primeira vez e me dei conta de que nunca falei sobre a escolha do nome do blog. Eu já tive vários blogs na minha vida e sempre enjoava do nome deles e trocava. Tenho blogs desde 2002 e de lá para cá já mudei de endereço várias vezes.  Sempre os nomes dos blogs faziam sentido só para mim e esse foi um péssimo hábito que me seguiu até culminar no Lampertop.

O primeiro, um sitezinho tosco no hpg, da época em que “hpg” significava “home page grátis”, se chamava “Daily Monster”, por causa de um texto que escrevi em que eu dizia que achava engraçado o nome “blog” e imaginava que era um monstro de lama que se arrastava fazendo “sblog, sblog, sblog”. Coisas da cabeça da Vanessa. Aquele era meu primeiro monstrinho de lama, e seria diário. Logo, Daily Monster (facepalm para mim, obrigada).  O segundo blog oficial (porque tive blogs paralelos no blig e no weblogger), como você pode imaginar, era o “Another Monster”. Outro monstro. Muito criativo. Mas esse blog tinha crises de identidade e eu também o chamava de “Maquinando”, que vinha do fato de que eu gostava muito de escrever em máquinas de escrever e, na minha cabeça vanessística, o verbo que exprimia a ação de escrever à máquina deveria ser “maquinar” (embora eu soubesse que não era, mas…ah, os trocadilhos!).

Decidi deixá-lo de lado e partir para outro endereço quando um cyberbulling familiar de pessoas (que na época eram próximas) que não iam com a minha cara começou a levantar teorias conspiratórias, dizendo, entre outras coisas, que meu blog se chamava “Maquinando” porque eu vivia maquinando coisas do mal (facepalm para essas pessoas). Se fosse hoje, eu acharia ridículo e tocaria a minha vida. Naquela época eu era bobinha e esse tipo de coisa me afetava profundamente. Então, decidi mudar. Abri o “Escrita Rupestre” porque a imagem que eu tinha de mim mesma era de uma pessoa dentro de uma caverna escrevendo nas paredes para a posteridade (o que não mudou muito, nesse ponto). Quando mudei para um domínio próprio (ou vários), ainda achava que meu blog deveria ter um nome, então, pensei, pensei e, finalmente, escolhi.

Escolhi o nome do blog porque meu cérebro veio com um aplicativo de trocadilhos que não consegue deixar de fazer um sempre que eu vejo alguma coisa – qualquer coisa. Dessa forma, quando me casei e ganhei um sobrenome tão bonito quanto “Lampert”, comecei a trocadilhar todas as lampertcoisas que eu via pela frente. Adotamos os gatinhos e agora eu tinha meus próprios pets, que passaram a se chamar LamPETS. E meu primeiro laptop logo virou “Lampertop”. Pois é, o blog era uma homenagem ao meu meio preferido de escrever os textos. Assim como por um longo tempo eu fui fã da máquina de escrever (ainda tenho memória afetiva) e também da escrita à mão, com caneta preta (li um caderno antigo da minha avó dizendo que tinha mania de caneta vermelha, então percebi que fora a questão cromática, havia algo genético que nos ligava a canetas de determinada cor), desde meu primeiro laptop eu abracei a causa laptopesca.

E a ideia era que o blog fosse uma extensão do meu computador e eu colocaria tudo – ou quase tudo – o que escrevia nele. Claro que isso não deu certo, pois eu escrevia muito mais do que poderia publicar. Muitos livros e contos foram começados – alguns terminados, mas jamais publicados. Muitos textos também não conheceram a alegria da publicação. Eu tenho que escrever. Simplesmente tenho que escrever. Muitas coisas me causam indignação e eu tenho opinião forte sobre quase tudo, então sempre me deparo com coisas que me levam a fazer longos textos argumentativos. Mas só tenho opinião depois de ouvir diversas fontes e analisar bem. Antes disso, não opino. Assim, um blog é necessário. Um nome talvez nem seria necessário. Até porque já ouvi algumas insinuações de que “Lampertop” poderia querer dizer que eu me achava “Top”, então percebo que as pessoas não captaram a extensão (curta, confesso) do meu trocadilho familiar.

A ideia do blog era algo muito mais intimista do que eu creio que ele vai virar (ou do que eu planejo que ele se torne), então talvez a homenagem a um objeto da mobília se torne algo descontextualizado e a mensagem do título se confunda. Então, fica aqui esse texto explicativo, que talvez mostre que nem tudo precisa ter um significado profundo, que às vezes algumas coisas podem ser escolhidas de brincadeira, e que gostar de brincar com as palavras pode ser um bom indicativo de que você fez amizade com elas – e que pode tirar algum proveito dessa intimidade. O importante, aqui no Lampertop, é que você se sinta à vontade. 🙂

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*Foto: o primeiro Lampertop e o LamperTiggy (um dos LamPets) muito à vontade em cima dele 😀 (foto de 2005)

 

PS: Ainda penso em manter apenas o site com meu nome e parar com esse problema, só não fiz isso por algumas questões técnicas entre eu e o host que hospeda meus domínios. Enquanto isso não acontece, mantenho o Lampertop e o vanessalampert.com e vanessalampert.com direcionando para cá.

 

5 Comments on O que é “Lampertop”

  1. hehe..

    Eu interpretava mistura de Lampert + laptop também ,(será que meu mundinho é limitado??) kkkkkk

    Beijos.

  2. Nossa, amei a explicação, e podem acreditar, o significado do nome do seu blog eu pensei que fosse justamente esse… kkkkkkkkkkkkkkk Seu nome+laptop .. Sem brincadeira, pensei mesmo!!! Ficou show! Amo seus textos!!! Parabéns!!!

  3. Oiiii, adorei a explicação!
    Sabe o que eu pensava? Que Lampertop era uma união de Lampert + operação (kkkkk).
    Deixa eu explicar… É q no mundo do meu trabalho costumamos fazer bastante abreviações de palavras, e operação a gente abrevia para “op”… isso me dava uma ideia de o nome ter um significa tipo “Vanessa em ação”…rsrsrsrs
    Acho q vc ainda vai se surpreender com o que as mentes criativas pensava ser o significado de Lampertop, rsrsrsrs.
    Beijos

    • kkkkkkk Priscila, eu não tinha pensado nisso! Realmente me surpreendeu… E até que gostei desse significado…”Operação Lampert” parece alguma estratégia de guerra…kkkkk… Para você ver, as pessoas entendem de acordo com a visão de mundo delas, com os elementos que estão ao redor delas. Por exemplo, por você abreviar operação para “op” no seu trabalho, seu cérebro logo interpretou dessa maneira, dando um significado que nunca passaria pela minha cabeça justamente por isso não fazer parte do meu dia a dia. Por isso, a criatura que quer comunicar as coisas direito tem que explicar tudo para os leitores, porque – como eu costumo dizer – o leitor não está dentro na nossa cabeça. kkkkk

      Mas vai ser divertido saber como as pessoas interpretavam Lampertop…rs

      Amei seu comentário. 😀

      Beijos!

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