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Pegando carona no texto anterior, devo explicar o motivo de cogitar novamente a hipótese de escrever sobre relacionamento. Nos últimos meses, conhecemos um pessoal que acredita no casamento – assim como nós – e que se rebelou o suficiente contra o Status quo a ponto de criar um programa de TV para orientar casais perdidos neste mundo onde “compromisso” tornou-se um palavrão impronunciável. A Escola do Amor é transmitida pela Rede Record todos os sábados ao meio-dia e de segunda a sexta (sendo que o de segunda é reprise do programa de sábado) das 15h às 16h no site http://www.iurdtv.com O programa foi recebido com nariz torcido por muita gente, mas quem foi contra o preconceito e assistiu, gostou.

Não tem jeito, façam o discurso “pseudo-moderno” (que já está bastante ultrapassado) que quiserem, todo mundo gostaria de ter a companhia de alguém com quem conseguisse conversar o dia inteiro sem cansar e sentir que não precisa de mais ninguém pelo resto de sua vida. Alguém convenceu grande parte da população de que isso é impossível (voltamos ao post anterior, veja só!) e algumas pessoas acham bonito o discurso ultrapassado (e ultra-passado) de que “ninguém é de ninguém” e que “o importante na vida é curtir”. Você não tem ideia do que é curtir até se ver em um relacionamento duradouro e feliz…amigo, isso sim é curtir!

Goste você ou não da Cristiane Cardoso e do Renato Cardoso (só não gosta quem não os conhece), o programa tem feito a diferença na vida de muitos casais. Os exemplos – bons e ruins – que aparecem no Love School são reais e os apresentadores se divertem tanto quanto os telespectadores, que se sentem parte do programa.

Finalmente não me sinto tão alienígena! Finalmente alguém diz que é possível ser feliz para sempre – e fala exatamente o que eu sempre disse: casamento dá trabalho, relacionamento não cai do céu, se constrói dia a dia. Seguindo esses princípios, faremos oito anos de casados em junho, com uma convivência infinitamente melhor do que quando nos casamos. As pessoas gastam tempo (e dinheiro) se preocupando com o dia do casamento, mas poucos colocam a mesma força na construção da vida a dois, naquilo que acontece depois que se volta da lua de mel.

Fiquei feliz em descobrir um grupo de pessoas que nada contra a correnteza, que não casa já planejando o que fazer “se não der certo”, mas que faz dar certo. E não é um grupo fechado dentro de uma igreja, focado em práticas religiosas, mas um grupo aberto, focado em comportamento e relacionamento, quase uma terapia cognitivo-comportamental de casais…risos..

No dia primeiro de abril, ao invés de “comemorar” o dia da mentira, nós, os “do contra”, estaremos em uma celebração da verdade, promovendo um passeio de casais que queiram se conhecer melhor (e SEMPRE há algo de novo a se conhecer do seu parceiro), a “Caminhada do amor”. Aqui em São Paulo será no Ibirapuera, mas a ideia se estende a todos, mesmo nos lugares em que o passeio não for organizado, uma caminhada no parque com a namorada, a esposa ou aquela amiga especial (quem sabe se torne alguma coisa a mais…), perguntas e respostas…Cristiane escreveu sobre isso, contando sua experiência:

Era um domingo à tarde em Johannesburgo. Havíamos acabado de chegar de uma reunião linda no Soweto, com milhares de pessoas. Meu esposo me chamou para passear no parque, algo que eu não lembro ter acontecido antes. Fiquei surpresa, até levei a minha câmera para tirar fotos dos passarinhos e patinhos que haviam lá. Mas, ele tinha outra coisa em mente, não era passear só por passear, era passear comigo e me conhecer um pouco mais. Parece até brincadeira escrever isso, já que já tínhamos de uns 17 para 18 anos de casados.

Ele me deu a mão e começou a me fazer perguntas que nunca havia feito anteriormente. Sabe aquelas coisas que você imagina já saber, mas não tem certeza? Pois é, perguntas sobre a minha pessoa, que ele não sabia de fato sobre mim. Ao mesmo tempo que eu o respondia, ele me respondia a mesma pergunta sobre ele. Passamos horas no parque, nunca mais me esqueço daquele dia; foi muito especial para mim, como mulher e esposa.

Toda esposa, noiva e namorada almeja esse tipo de atenção, sem distração de seu parceiro. É algo que veio no nosso DNA, não temos culpa disso. E eu acho que nós não temos isso o suficiente. Muitos problemas acontecem pela falta de diálogo entre casais. Um fica assumindo o que o outro quer, sem ao menos entendê-lo bem. Ninguém chega a um acordo, e o que deveria ser uma parceria, transforma-se numa dupla como a Gata e o Rato.

No dia primeiro de abril, quando todo o mundo comemora o dia da mentira, como se essa praga tivesse o direito de ser comemorada, eu e o Renato estaremos fazendo o que fizemos naquela tarde de Johannesburgo. (…)

Clique aqui para saber mais sobre o evento.

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