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Última palavra sobre as eleições

Quando vejo o tom da campanha de Haddad às vésperas da eleição, percebo que fiz a opção certa quando decidi que ele não teria meu voto. Como todo mundo sabe, tenho simpatia pelo PT, participei das últimas campanhas presidenciais, mas a minha militância nunca foi cega.
Pelo contrário, o que eu sempre achei bacana foi o espaço para o livre pensamento dentro do Partido dos Trabalhadores. Até nos blogs, em sua maioria, os textos sempre foram coerentes e lógicos, muito mais inteligentes do que os raivosos da oposição.
A campanha municipal em São Paulo começou assim. Como Haddad não me pareceu uma boa escolha do partido, fiquei feliz quando soube que Russomano seria candidato pelo PRB, partido que vi nascer. O maior problema veio quando Haddad ameaçava terminar em terceiro lugar. Perdeu o tom.
Aquilo que eu esperava do Serra (e que o PSDB também está fazendo, principalmente através da mídia), veio da campanha de Haddad.  Ligaram a metralhadora giratória. Agora começaram a usar depoimento de ex-obreira, atacar a IURD com os mesmíssimos argumentos da velha mídia.
Estou na IURD há quase treze anos e refuto veementemente qualquer acusação de manipulação e de que sejamos impedidos de pensar. Muito pelo contrário! Não conheço outro lugar que incentive tanto a pensar com a própria cabeça! Conheço a Igreja Universal, sei como funciona e posso garantir que todo mundo tem livre escolha e eu penso muito bem, obrigada.
Claro que temos interesses em comum, entre eles o de não ter um governo comprometido com a velha mídia que tanto nos odeia. Somos unidos e militamos pelos nossos ideais, raciocinamos e entendemos bem o que estamos fazendo. Sabemos que Russomano não é da IURD e não tem compromisso nenhum conosco, mas acreditamos que ele é a melhor opção para São Paulo e temos esse direito.
Política é um assunto de todos os cidadãos, estejam eles vinculados ou não a uma igreja. Porque fazemos parte de uma igreja temos de ser excluídos da sociedade? O fato de um candidato ser de um partido que tem membros de uma determinada igreja, não significa que aquela igreja irá participar do mandato! Se a igreja de vocês faria isso, me desculpe, a minha não faz. Como qualquer grupo, temos interesses em comum, mas nenhum deles é o de dominar o mundo, impor o cristianismo goela abaixo ou qualquer asneira que se diga por aí.
Eu garanto que conheço mais a IURD do que a tal ex-obreira. Garanto que entendo mais de como ela funciona do que qualquer crítico de sofá. Mas não estou aqui para defender a IURD ou dizer o óbvio: que Russomano é tão fantoche do Bispo Macedo quanto Dilma era um poste (e todos nós vimos que Dilma jamais foi um poste). O que preciso dizer, e que está entalado na minha garganta é: é correto usar as armas do inimigo para vencer?
Nós ajudamos a reeleger o Lula (inclusive o vice-presidente José Alencar se filiou ao PRB em 2005), ajudamos a eleger a Dilma e o PRB faz parte da base aliada do governo federal. Esse papel do denuncismo irresponsável não se encaixa no PT.
Esperava coerência. Porque quando o Serra e o PIG (Partido da Imprensa Golpista) faziam isso contra a Dilma, o Lula e o PT, pegando “ex isso” e “ex aquilo” para dar depoimento, acreditando em qualquer coisa que lhes diziam, espalhando hoax a torto e a direito a gente dizia que era errado, que não se podia acusar sem provas, e falava do horror que é trabalhar uma campanha eleitoral baseada no medo. Lembro que os olhos de todos estavam bem abertos a isso naquele tempo. Por que agora se fecharam?
Esperava esse tipo de baixaria do Serra, jamais do PT! Usar o medo e o preconceito que o povo tem contra a IURD (medo e preconceito esses gerados e alimentados pelo PIG há vinte anos)para tentar barrar a candidatura de Russomano é ridículo! Dar trela para “ex” qualquer coisa é estilo de jornalismo de Veja. Sério mesmo, estou decepcionada.
Quando o PRB apoiou a eleição da Dilma alguém disse que ela era fantoche do Bispo Macedo? A não ser a imprensa, que a acusou de fantoche de todo mundo. Quando o Bispo escreveu em seu blog contra as mentiras que jogavam contra Dilma e a oposição acusou o governo de favorecer a IURD, todos do PT sabiam que não era verdade. Quando José Alencar foi para o PRB (do qual foi presidente de honra) ninguém disse que o Bispo Macedo seria vice-presidente e Alencar era um fantoche. Por que agora o raciocínio não pode ser o mesmo? Por que aceitar a agenda do PIG?
Falem das propostas, mostrem o seu candidato, convençam os eleitores sem vender a alma por desespero. Não é possível que não saibam que estão trabalhando com a estratégia do medo, pois foram vítimas disso, têm sido vítimas disso há algumas eleições.
Só falta agora a Regina Duarte na campanha do Haddad dizendo que tem medo do Russomano.
Tinha que registrar minha indignação e minha decepção com quem compra mentiras e faz o jogo do denuncismo irresponsável, apelando para o tapetão. Eu me recuso a julgar o partido inteiro pela irresponsabilidade de um candidato. E continuarei apoiando o PT quando ele for injustiçado, e quando tiver candidatos melhores. Espero que não destruam o respeito que ainda tenho pelo PT e por sua militância aderindo ao modus operandi de José Serra no segundo turno.

Quando vejo o tom da campanha de Haddad às vésperas da eleição, percebo que fiz a opção certa quando decidi que ele não teria meu voto. Como todo mundo sabe, tenho simpatia pelo PT, participei das últimas campanhas presidenciais, mas a minha militância nunca foi cega.

Pelo contrário, o que eu sempre achei bacana foi o espaço para o livre pensamento dentro do Partido dos Trabalhadores. Até nos blogs, em sua maioria, os textos sempre foram coerentes e lógicos, muito mais inteligentes do que os raivosos da oposição.

A campanha municipal em São Paulo começou assim. Como Haddad não me pareceu uma boa escolha do partido, fiquei feliz quando soube que Russomano seria candidato pelo PRB, partido que vi nascer. O maior problema veio quando Haddad ameaçava terminar em terceiro lugar. Perdeu o tom.

Aquilo que eu esperava do Serra (e que o PSDB também está fazendo, principalmente através da mídia), veio da campanha de Haddad.  Ligaram a metralhadora giratória. Agora começaram a usar depoimento de ex-obreira, atacar a IURD com os mesmíssimos argumentos da velha mídia.

Estou na IURD há quase treze anos e refuto veementemente qualquer acusação de manipulação e de que sejamos impedidos de pensar. Muito pelo contrário! Não conheço outro lugar que incentive tanto a pensar com a própria cabeça! Conheço a Igreja Universal, sei como funciona e posso garantir que todo mundo tem livre escolha e eu penso muito bem, obrigada.

Claro que temos interesses em comum, entre eles o de não ter um governo comprometido com a velha mídia que tanto nos odeia. Somos unidos e militamos pelos nossos ideais, raciocinamos e entendemos bem o que estamos fazendo. Sabemos que Russomano não é da IURD e não tem compromisso nenhum conosco, mas acreditamos que ele é a melhor opção para São Paulo e temos esse direito.

Política é um assunto de todos os cidadãos, estejam eles vinculados ou não a uma igreja. Porque fazemos parte de uma igreja temos de ser excluídos da sociedade? O fato de um candidato ser de um partido que tem membros de uma determinada igreja, não significa que aquela igreja irá participar do mandato! Se a igreja de vocês faria isso, me desculpe, a minha não faz. Como qualquer grupo, temos interesses em comum, mas nenhum deles é o de dominar o mundo, impor o cristianismo goela abaixo ou qualquer asneira que se diga por aí.

Eu garanto que conheço mais a IURD do que a tal ex-obreira. Garanto que entendo mais de como ela funciona do que qualquer crítico de sofá. Mas não estou aqui para defender a IURD ou dizer o óbvio: que Russomano é tão “fantoche do Bispo Macedo” quanto Dilma era um poste (e todos nós vimos que Dilma jamais foi um poste). O que preciso dizer, e que está entalado na minha garganta é: é correto usar as armas do inimigo para vencer?

Nós ajudamos a reeleger o Lula (inclusive o vice-presidente José Alencar filiou-se ao PRB em 2005), ajudamos a eleger a Dilma e o PRB faz parte da base aliada do governo federal. Esse papel do denuncismo irresponsável não se encaixa no PT.

Esperava coerência. Porque quando o Serra e o PIG (Partido da Imprensa Golpista) faziam isso contra a Dilma, o Lula e o PT, pegando “ex isso” e “ex aquilo” para dar depoimento, acreditando em qualquer coisa que lhes diziam, espalhando hoax a torto e a direito a gente dizia que era errado, que não se podia acusar sem provas, e falava do horror que é trabalhar uma campanha eleitoral baseada no medo. Lembro que os olhos de todos estavam bem abertos a isso naquele tempo. Por que agora se fecharam?

Esperava esse tipo de baixaria do Serra, jamais do PT! Usar o medo e o preconceito que o povo tem contra a IURD e o Bispo Macedo (medo e preconceito esses gerados e alimentados pelo PIG há vinte anos)para tentar barrar a candidatura de Russomano é ridículo! Dar trela para “ex” qualquer coisa é estilo de jornalismo de Veja. Sério mesmo, estou decepcionada.

Quando o PRB apoiou a eleição da Dilma alguém disse que ela era fantoche do Bispo Macedo? A não ser a imprensa, que a acusou de fantoche de todo mundo. Quando o Bispo escreveu em seu blog contra as mentiras que jogavam contra Dilma e a oposição acusou o governo de favorecer a IURD, todos do PT sabiam que não era verdade. Quando José Alencar foi para o PRB (do qual foi presidente de honra) ninguém disse que o Bispo Macedo seria vice-presidente e Alencar era um fantoche. Por que agora o raciocínio não pode ser o mesmo? Por que aceitar a agenda do PIG?

Falem das propostas, mostrem o seu candidato, convençam os eleitores sem vender a alma por desespero. Não é possível que não saibam que estão trabalhando com a estratégia do medo, pois foram vítimas disso, têm sido vítimas disso há algumas eleições.

Só falta agora a Regina Duarte na campanha do Haddad dizendo que tem medo do Russomano.

Tinha que registrar minha indignação e minha decepção com quem compra mentiras e faz o jogo do denuncismo irresponsável, apelando para o tapetão. Eu me recuso a julgar o partido inteiro pela irresponsabilidade de um candidato. E continuarei apoiando o PT quando ele for injustiçado, e quando tiver candidatos melhores. Espero que não destruam o respeito que ainda tenho pelo PT e por sua militância aderindo ao modus operandi de José Serra no segundo turno.

PS: Temos uma causa: a causa do evangelho. Se alguém começa a nos atacar, eu entendo que vai nos atrapalhar quando chegar ao poder e jamais terá meu apoio. Ninguém está buscando ajuda de governo, até porque isso não nos interessa. Ter rabo preso com governo não ajuda a causa. O que procuramos é um governo que não nos atrapalhe enquanto fazemos nosso trabalho. E qual é o nosso trabalho? Ajudar pessoas, transformar vidas. Esse vídeo é um resumo (bem resumido) do que fazemos: clique para assistir. Isso é o que você nunca vai ver na Globo.

O que é um petista?

Já faz um tempinho que quero escrever a respeito disso. Pessoas tentam desqualificar meus argumentos (e os seus, também, provavelmente) dizendo que “vêm de uma petista”. Eis mais uma frase que faz com que o cérebro da criatura, aos meus olhos, encolha até se transformar em uma ervilha.

De uma vez por todas: uma coisa é votar na Dilma, ou no PT, outra completamente diferente é ser petista. Até onde eu sei, petista é uma pessoa filiada ao PT e com histórico de militância. Eu não sou filiada a partido político, e só participei da campanha, muito discretamente, em 2002, por conta própria, com minha irmã, porque queríamos tirar o PSDB do governo. Na era FHC, em 99/2000, eu estava na universidade federal e o governo não liberava verba para nada, a intenção era matar as universidades de fome, para forçar uma privatização. Só se falava nisso, e já nos preparávamos para começar a receber boletos de mensalidades. A parca verba que a UFMS recebia era concentrada na faculdade de Medicina e, o que sobrava, na de direito, e mesmo lá, faltava muita coisa.

Na faculdade de jornalismo, que eu fazia, não tinha verba para nada. Os computadores do laboratório de redação não davam para a metade da sala, não tinha verba nem para comprar papel higiênico, quem quisesse, levava de casa. A universidade vivia com mais da metade de suas luzes apagadas, para economizar, e também por causa do racionamento de energia. É uma região perigosa, e tivemos diversos casos de estupros e assaltos no campus. Não me lembro de ninguém na época que defendesse a continuidade daquele processo de depredação, embora a maioria realmente tivesse medo do Lula transformar o Brasil em uma ditadura comunista (coisa que ele teve 8 anos para fazer e não fez. Está, ao contrário, prestes a transformar o Brasil em uma potência capitalista), e outros torciam profundamente para que o Lula transformasse o Brasil em uma ditadura comunista, e devem ter se decepcionado profundamente…talvez hoje votem no PC do B ou no PSOL. Acabei, por conta disso, deixando a faculdade. Retomei o jornalismo em 2002, em uma universidade particular.

Desde que me conheço por gente, minha inclinação foi sempre para a esquerda, ou algo que se pode chamar de centro-esquerda. Sou protestante, o protestantismo é, em essência, revolucionário. Não existe possibilidade de extrema direita em meu contexto histórico. Hoje o PT é o que mais se aproxima de meu modo de ver as coisas, mas isso não me faz uma petista, acho que não tenho o direito de me denominar assim.

Vamos explicar também que “petista” não é ofensa, não é xingamento. Se você se deparar com um verdadeiro petista e chamá-lo de “petista” ele ficará bem feliz e lisonjeado. Eu acho que o elogio não me cabe, por isso não o aceito. E te acharei bastante imbecil por não saber a diferença entre um petista e um mero eleitor da Dilma. Eu sei a diferença entre um tucano e um mero eleitor do Serra, por exemplo. Ou o fato de você ter votado no Serra te transforma, automaticamente, em um tucano? Se você acha isso, está muito enganado.

As criaturinhas não perdem a oportunidade de nos chamar de “petistas” (como se fosse uma ofensa grave) só por declararmos voto à Dilma e combatermos o abuso e absurdo da manipulação do PSDB+Pig. Eu sei por quê. As pessoas gostam de criar rótulos e cada rótulo contém o título e uma descrição. Se te tascam um rótulo na testa, já automaticamente assumem que você se encaixa na descrição pré-concebida no rótulo.

Você vota na Dilma? É Petista! Acha que a Globo manipula? É Petista! Petista é quase que uma sub-espécie. Você deixa de ser humano e passa a ser meramente Petista. Então nada do que você diga é digno de crédito, afinal de contas, você é um Petista!  E se você é um petista – pensa a pessoa – eu não preciso me esforçar para pensar no que você diz e ver se faz sentido ou não. Simplesmente bloqueio tudo e não dou crédito, pois você é um petista.

Para mim isso é puro exercício de ignorância, de quem não admite que possa haver verdade em uma opinião contrária. Fecha os olhos, tapa os ouvidos e começa a cantar, bem alto: “lálálálálá-lá, você é petistaaaa, petistaaa”. Se você não votou na Dilma, e quando vê uma opinião contrária, já pensa: “é um petista!” Faça um favor à sua imagem pública: não externe esse tipo de pensamento.  Talvez no futuro você tenha a real noção do quão ignorante isso te faz parecer e se envergonhe. Melhor não deixar esse tipo de registro para a posteridade.


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PS: A maioria do pessoal que eu conheço e que militou na internet a favor de Dilma não é petista. Assim como eu, grande parte dessa militância só se engajou na campanha depois de se indignar com a postura agressiva e manipuladora da imprensa contra Dilma. Se a campanha da oposição tivesse sido mais educada e com menos participação do PIG, eu teria votado na Dilma de qualquer maneira (provavelmente, já que noPSDB eu jamais votaria, e após pesquisar suficientemente, não votaria na Marina), mas pelo menos não teria feito campanha, nem me esforçado para conseguir votos. A oposição deu tantos tiros no pé, desde o começo, que nem sei como ainda consegue andar.

PS2: Minha luta nessa eleição foi principalmente contra parcela golpista da imprensa, e sempre deixei isso muito claro. É a minha tônica neste blog.

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