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Crianças, adolescentes e adultos abusados e que preferem esconder, como se o silêncio fizesse com que o passado deixasse de existir. Mulheres agredidas por maridos e familiares e que preferem manter o silêncio ou não ir até o fim em seus direitos, acreditando que o silêncio as protegerá.

Manter o silêncio é dar ainda mais munição ao agressor. É dar-lhe a ilusão de impunidade. É manter o veneno corroendo a sua alma, lhe matando por dentro enquanto você não consegue perdoar, nem seguir em frente, pois aquele que lhe feriu continua lhe ferindo mesmo depois de parar de respirar.

Para isso surgiu o Projeto Raabe: lhe ajudar a romper o silêncio com segurança, lidando com a situação dentro de você e do lado de fora, também. Nosso objetivo é transformar vítimas em sobreviventes.

Não passei por violência doméstica. Não tive essa experiência. No entanto, a dor de uma mulher é a dor de todas as mulheres. Não há como não se solidarizar com essa causa. Vi mulheres idosas, jovens, adolescentes e crianças que têm (ou tiveram) a violência como realidade. Vi a destruição que o silêncio pode causar e a transformação e liberdade que o Projeto tem trazido a essas pessoas.

Neste sábado, dia 24 de novembro, às 12h, teremos a II Caminhada Rompendo o Silêncio. Acontecerá em várias capitais do Brasil e em algumas cidades do mundo. Aqui em São Paulo será às 12h, saindo do Largo 13, em Santo Amaro, até a Rua João Dias, 1800, onde teremos um evento de conscientização sobre o combate à violência doméstica e familiar, que terá palestras, depoimentos, apresentação de uma pequena peça teatral e atendimento profissional.

O evento é aberto a todos os que quiserem participar, a caminhada também. Então, fica aqui o convite a quem se sensibiliza com essa causa. O problema da violência doméstica é de toda a sociedade, pois pode acontecer em qualquer família e tanto a prevenção quanto o tratamento merecem nossa atenção e esforço.

Mais informações no site do projeto: www.projetoraabe.com